Assembleia Municipal assistiu à apresentação dos pré projetos de reabilitação da Zona Histórica da cidade.
A caminhar para a fase final do seu último mandato, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital diz-se “bastante motivado” para concretizar ainda algumas obras com que sonhou quando assumiu a presidência do Município, destacando na última sessão da Assembleia Municipal, que se realizou em reunião extraordinária, a requalificação da Zona Histórica da cidade.
“Há não sei quantos anos que que se fala nesta obra, mas quando houve dinheiro nunca ninguém se preocupou, este é o primeiro executivo a preocupar-se com a zona histórica”, atirou José Carlos Alexandrino, numa sessão agendada precisamente para apresentar os pré projetos que deverão servir de base à reabilitação de uma das zonas mais antigas e também mais degradadas da cidade.
Um projeto a cargo do prestigiado professor Jorge Carvalho, que apesar de “não ser barato”, como o autarca fez questão de frisar, é um nome conhecido e reconhecido na área da reabilitação urbanística. “Haverá mesmo intervenção na zona histórica, não estamos a apresentar isto para fazer número político, como o IP3 que já foi apresentado várias vezes e até agora nada”, garantiu o edil, lembrando que as obras negociadas no Pacto da CIM, e que integram o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, são para ser “feitas”. Sublinhando que o objetivo desta intervenção pública é atrair investimento privado para a zona antiga da cidade, Alexandrino faz notar que se tem vindo a assistir já a alguma reabilitação naquela área, por parte dos privados, desde que se fala nos investimentos no âmbito do PEDU, tendo diminuído de 40 para 30% a percentagem de casas degradadas.
Com três ideias fundamentais para a reabilitação da zona histórica de Oliveira, o arquiteto Jorge Carvalho destacou a necessidade de melhorar as acessibilidades àquela área da cidade, bem como melhorar a própria acessibilidade interna, através da criação de novos percursos pedonais, a necessidade também de requalificar a única praça “institucional” existente (em frente ao tribunal e Câmara Municipal), e criar novas zonas de estacionamento nas imediações do núcleo histórico, pois segundo o arquiteto “se queremos ter residentes na zona histórica temos de ter estacionamento”.
Um projeto que promete dar uma nova vida a uma zona da cidade, durante anos, esquecida e, por isso mesmo, amplamente elogiado por quem dele aguardava, como é o caso do presidente da União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio, eleito pelo PS, que se congratulou por ver finalmente a andar o investimento com que sempre sonhou para a zona histórica. Grande defensor da reabilitação da zona antiga da cidade, Nuno Oliveira, entende que qualquer projeto de requalificação deve ter em conta a preservação do comércio local e incentivar a fixação de novos serviços nalguns dos imóveis, mostrando-se ainda “absolutamente de acordo com a criação de residências para estudantes”, naquela área.
Também o deputado eleito pelo PS, Rui Monteiro, não poupou elogios ao projeto de intervenção na zona histórica, considerando que este executivo municipal é o primeiro, desde há muitos anos, a “pensar a cidade como um todo”. Já João Ramalhete entende que este projeto conseguiu interpretar na perfeição a visão deste executivo, traduzindo-se na ideia de “uma cidade virada para o futuro, uma cidade ampla, virada para as pessoas”.
Também a presidente da Assembleia Municipal, Dulce Pássaro, que, no passado, nas suas funções de Ministra do Ambiente, assistiu à regeneração de muitas cidades, através do programa Pólis, deu os parabéns ao executivo e à equipa que contratou para elaborar os projetos, tendo constatado que “esta zona precisa mesmo de ser recuperada”.