José Francisco Rolo aponta desenvolvimento empresarial e emprego como primeira prioridade da sua atuação.
A candidatura do PS à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, liderada por José Francisco Rolo, deu ontem a conhecer os eixos estratégicos do seu programa eleitoral, delineado já num horizonte a 10 anos.
Ladeado pelo cabeça de lista à Assembleia Municipal e atual presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, e pelo responsável pela coordenação do programa e antigo autarca do PSD, José Ricardo Coelho, o candidato socialista fez saber as linhas estratégicas em que pretende focar a sua atuação, se vencer as eleições do próximo dia 26, apontando o desenvolvimento económico e empresarial, a coesão social, as questões da sustentabilidade e ambiente, mas também o reforço da democracia participativa como os quatro vetores prioritários da sua governação autárquica.
Um programa alicerçado em 60 medidas que, segundo o candidato, foi “aberto”, “participado” e “sujeito à auscultação dos cidadãos”. “Foi um trabalho feito com metodologia e autores” que colheu os contributos de todos, incluindo da “equipa candidata às autárquicas”, sublinhou o cabeça de lista, que rejeita o “eu” e fala sempre no coletivo quando se refere ao seu projeto para o concelho oliveirense.
“Este é um programa assumidamente ambicioso, mas não é o projeto de um homem só, não é o projeto do eu, eu, eu, nem de um ego, nem de um homem isolado, é um projeto de um coletivo para servir a comunidade de Oliveira do Hospital e puxar pelo concelho, freguesia a freguesia, localidade a localidade”, sublinhou, numa clara “indireta” ao seu principal adversário da Coligação PSD/CDS-PP, Francisco Rodrigues.
Lembrou que não está na corrida por qualquer “vaidade pessoal”, mas para fazer uma “transformação positiva” do concelho, em linha com aquilo que são os instrumentos de política europeia e nacional e os respetivos meios financeiros disponíveis para a região. “É um projeto claramente da linha da frente”, afirmou, apontando o desenvolvimento empresarial e as questões da competitividade e do emprego como a sua primeira prioridade.
“Queremos continuar a ser uma porta aberta para os cidadãos e empresários”, assegurou, anunciando, nomeadamente, a criação de uma estrutura de apoio ao investidor dentro da Câmara Municipal.
No centro de toda a governação continuam as pessoas, e é a pensar nelas e nas famílias que José Francisco Rolo avança com a proposta de reduzir o IMI à taxa mínima e reforçar ainda mais o programa de incentivo à natalidade, uma das medidas mais populares dos executivos socialistas.
Da educação à saúde, a candidatura do PS à Câmara Municipal promete ainda lutar pela recuperação do serviço de urgências 24horas e pela manutenção das extensões de saúde nas freguesias.
Também o ordenamento do território e a reflorestação está mira das prioridades do candidato do PS que destaca a aposta no programa de áreas integradas de gestão do paisagem para recuperar a mancha florestal perdida no grande incêndio de 2017.
Depois dos últimos mandatos marcados por um reforço do apoio às freguesias, também José Francisco Rolo promete manter os presidentes de Junta como os grandes aliados e parceiros de governação, assumindo, por outro lado, a cidade “como o epicentro do desenvolvimento” não só do concelho, como da região.
É na cidade que a candidatura do PS coloca algumas das mais importantes “fichas” com a conclusão de vários equipamentos e reabilitação urbanística, aos quais promete acrescentar, no próximo mandato, um pavilhão multiusos, na frente norte da cidade. “É um projeto de continuidade com muita ambição”, concluiu assim José Francisco, depois de José Ricardo Coelho ter já desvendado as principais linhas de orientação do programa da candidatura.
O ex autarca do PSD garante que este é um programa com um “grande desafio transformador” que permite, acima de tudo, “ter um olhar de grande esperança no futuro”. Um futuro que o PS quer mais competitivo, mais digital, mais verde, mas também mais inclusivo, solidário e mais participado no concelho.
“Esta candidatura tem uma enorme clareza sobre o rumo que quer dar ao concelho, tem visão estratégica e tem um programa com ambição arrojada, mas uma ambição pragmática e exequível” afirmou o coordenador eleitoral, considerando José Francisco Rolo o candidato mais “capaz” para liderar os desafios que o Município enfrenta.
Também o líder da JS, Sebastião Barbosa, considerou o programa que vai a sufrágio no próximo dia 26 “um programa com a ambição necessária para o concelho retomar a trajetória de crescimento antes de ser afetado pelas catástrofes naturais” e mostrou-se satisfeito por as propostas da juventude socialista terem sido tidas em conta na sua elaboração. “Vai ao encontro das necessidades efetivas da população deste concelho” constatou.
De despedida da presidência da Câmara Municipal e já na pele de candidato à Assembleia Municipal, José Carlos Alexandrino mostrou-se também ele orgulhoso do programa de candidatura do PS que, na sua opinião, encerra um novo paradigma de desenvolvimento para o concelho, até porque “há novos tempos e novos desafios”.
“Mostra uma continuidade em relação ao meu passado, mas tem alguma rutura em relação ao futuro, e eu não me sinto diminuído por isso”, assegurou o ainda presidente do Município oliveirense que aproveitou para deixar alguns recados ao adversário da Coligação, lembrando nomeadamente que não foi o PSD que evitou o fecho da ESTGOH como tem sido afirmado publicamente por Francisco Rodrigues. “É absolutamente demagógico vir dizer isso, são tiradas ao nível do candidato que têm”, atacou Alexandrino, que não perdeu oportunidade de acusar o candidato do PSD/CDS-PP e seu antigo assessor de não ter feito crescer a EXPOH como “fizemos com a feira do Queijo”. “Questionava porque é que não poderíamos mudar algumas coisas, mas havia uma pessoa que nunca queria mudar nada”, apontou, acreditando que também o concelho não vai mudar de cor no próximo dia 26 de setembro.
“Temos a certeza que vamos ganhar estas eleições, pela proximidade que temos com as pessoas, e com este candidato (da Coligação) Oliveira do Hospital teria um retrocesso de mais de 12 anos”, rematou.