ESTGOH preenche quase 100% das vagas na primeira fase

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital registou recorde de colocações. Apenas um curso, Gestão do Território, ficou com vagas para a segunda fase.

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH) acaba de preencher a quase totalidade das vagas na primeira fase de candidaturas de acesso ao ensino superior, cujos resultados foram conhecidos na passada segunda feira.

Das 190 vagas colocadas a concurso, 179 foram preenchidas, o que representa uma taxa de colocação de 94%. Um “recorde” que foi quebrado apenas pela licenciatura em Gestão do Território, que foi a única que ficou com vagas (14) para a segunda fase.

Refira-se que este ano, por opção da direção foram suspensas as licenciaturas em Informática Industrial e Sistemas e Tecnologias de Informação que já o ano passado tinham tido poucas colocações.

“São cursos que não têm tido muita procura, e estrategicamente decidimos não os colocar a concurso” admite a presidente da ESTGOH, Vera Cunha, lembrando que estas duas licenciaturas implicavam um investimento “em laboratórios e instalações” que “não se justificava” face ao número de estudantes que acabam por atrair. “Decidimos não correr riscos e suspendemos este ano a abertura de vagas”, explica a presidente, fazendo notar que há um ano, quando tomou posse, já tinha anunciado que iria “equacionar a oferta formativa” da Escola.

Com seis licenciaturas a concurso, os resultados não poderiam ter sido mais satisfatórios. “Correu muito bem, 94% de alunos colocados é uma percentagem muito elevada, o que confirma a tendência já verificada o ano passado nos cursos de Gestão, que tinham feito o pleno na primeira fase de acesso”, lembra Vera Cunha, mostrando-se satisfeita sobretudo com os resultados de Engenharia Informática que viu as vagas todas preenchidas.

Já a licenciatura em Gestão do Território, “sofreu o impacto da reestruturação e alteração da designação do curso”, além de que contou com mais 15 vagas a concurso, adianta a presidente, a justificar o facto de ter sido o único curso com vagas para a segunda fase. “Também as médias foram bastante mais altas relativamente ao ano passado”, observa Vera Cunha, para quem entrar na ESTGOH “já começa a não ser fácil”.

“Tenho conhecimento de pessoas de Oliveira, inclusivamente, que não conseguiram entrar”, refere, dando o exemplo do curso de Gestão e Marketing que teve uma média de 14,6 valores. Com resultados quase “históricos” nos cursos de licenciatura, a ESTGOH registou também um aumento da procura ao nível dos CTeSP – Cursos Técnicos Superiores Profissionais, conseguindo também nestes cursos preencher a quase totalidade das vagas colocadas a concurso. “São resultados bastante positivos”, considera, acreditando que estes números não são alheios à estratégia de comunicação e de proximidade que a escola tem vindo a trabalhar junto da comunidade. “Estes resultados são influenciados por essa comunicação, não tenho dúvidas”, entende a presidente, que quer continuar a aposta na comunicação e reforçar o contacto com a região, através de iniciativas como aquelas que já foram lançadas ao longo do ano letivo anterior.

“Queremos continuar a melhorar a imagem da escola no exterior e reforçar o contacto com as escolas (secundárias) e ter uma ligação de maior proximidade com a comunidade”, adianta a docente, lembrando que este trabalho foi iniciado praticamente na sua presidência que tem pouco mais de um ano.

Ultrapassado parece estar, para já, o problema da habitação para os novos estudantes, existindo uma bolsa de alojamento de 120 quartos que cobre praticamente as necessidades de alojamento para este ano letivo. “Essa é uma situação que não nos preocupa, para já, porque houve, entretanto, muita gente em Oliveira do Hospital a redirecionar o arrendamento das casas para estudantes”, assegura Vera Cunha, deixando a garantia de que nenhum estudante vai deixar de estudar na ESTGOH por falta de alojamento, à semelhança do que aconteceu há dois anos, em que houve alunos que desistiram da matricula por não terem conseguido encontrar casa.

Refira-se que o IPC apresentou uma candidatura para a construção de uma residência universitária em Oliveira do Hospital, a partir do antigo edifício do Hotel S. Paulo, com capacidade para 100 camas, que aguarda financiamento do PRR.

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