São vários os problemas com as novas estações de tratamento de esgotos, segundo o deputado independente e atual candidato do CDS à Câmara Municipal.
A Estação de Tratamento de Águas Residuais de Oliveira do Hospital voltou a dar problemas, havendo, nas últimas semanas, várias queixas de munícipes a denunciar os “maus cheiros” libertados por aquela infra estrutura. O alerta foi deixado na última assembleia municipal pelo presidente da Junta de Freguesia da cidade, Nuno Oliveira, que chamou a atenção para os “cheiros nauseabundos” sentidos, com particular incidência, pelos moradores mais próximos da ETAR.
Uma situação também referenciada pelo deputado independente e atual candidato do CDS à Câmara Municipal, José Vasco de Campos, que confirmou ter “recebido ultimamente algumas queixas de munícipes” relacionadas com os maus cheiros lançados pela ETAR da cidade que decorrem do seu mau funcionamento. “Por outro lado temos informação que esta está a drenar diretamente para a linha de água”, avisou ainda o autarca/candidato, aproveitando para alertar para problemas noutras estações de tratamento do concelho, nomeadamente na zona do Vale do Alva.
Vasco Campos garante que são vários os problemas com estes equipamentos e que estão a afetar a qualidade do ambiente no concelho, apontando desde logo o caso da estação elevatória de Aldeia de Nogueira. “Temos indicação que esta não estará a cumprir o seu papel que é tratar os esgotos, encontrando-se a drenar diretamente para a linha de água”, referiu, indicando ainda outros casos como Avô em que “a ETAR está em by pass” e a Bobadela onde, segundo o deputado independente, “há problemas com as descargas da ETAR”.
Também a ETAR de Alvoco, apesar de se tratar de uma das mais sofisticadas, parece estar com alguns problemas de “excesso de água”, que se devem ao facto de estar implantada numa zona de “grandes lençóis freáticos”, segundo adiantou Vasco Campos, que alertou ainda para a necessidade de se retirar a saída dos efluentes tratados da zona da Moenda. “Gostaríamos de alertar para isto, até para se responsabilizar as Águas do Zêzere e Côa a quem a Câmara Municipal paga e pelos vistos paga bem, para ter este serviço”, advertiu o deputado municipal e atual cabeça de lista do CDS às autárquicas, considerando que “um concelho que não se preocupa com o tratamento de esgotos é um concelho sem dignidade”.
Uma situação que, de acordo com o presidente da Câmara, tem estado a ser acompanhada junto das AZC, nomeadamente a questão do mau funcionamento da ETAR da cidade que, quatro anos depois de ter sido inaugurada, vai finalmente ser intervencionada para “acabar” com os maus cheiros. “A informação que temos das AZC é que desde o dia 23 o problema ficaria definitivamente resolvido com a colocação na ETAR de quatro novos arejadores de maior potência”, explicou Alexandrino, a fazer “fé” na informação da empresa que gere o sistema de saneamento no concelho.