O Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, quer o IC6 até Folhadosa concluído até 2026. O governante falava no decorrer da sessão solene comemorativa do feriado municipal de Oliveira do Hospital, onde garantiu estar a trabalhar para que a sua inauguração possa acontecer num horizonte dos próximos 4/5 anos.
”O IC6 ainda tem um caminho para percorrer, mas o projeto está em vias de ser adjudicado, para começarmos a fazer o nosso percurso para conseguirmos inaugurar a estrada em 2025/26”, afirmou, considerando a execução do IC6 uma questão de justiça a um povo que “ficou cá e que continua cá a criar riqueza”.
Consciente de que a população de Oliveira do Hospital já está “escaldada” com as sucessivas promessas relativamente à conclusão deste itinerário, cujos “avanços e recuos têm minado a sua credibilidade”, Pedro Nuno Santos preferiu, desta vez, não prometer nada aos oliveirenses, a não ser empenho para “vir cá inaugurar a obra”, lamentando que sempre que o país atravessa uma crise “os primeiros investimentos a serem travados sejam os do interior do país”.
Além disso, “o ciclo de investimento público é um inferno até conseguirmos ver obra” desabafou o Ministro que elogiou o trabalho de José Carlos Alexandrino pela “proximidade”, “respeito” e “empatia” que o caracterizaram ao longo dos 12 anos de mandato. “É isso que o distingue e que fez de si um grande autarca. Vai deixar-nos muitas saudades”, afirmou, elogiando os empresários que continuam “a dar o melhor de si às terras onde nasceram, apesar de não terem aquilo que era exigível em relação ao interior”.
Uma intervenção que veio ao “encontro” do discurso do presidente da Câmara de Oliveira do Hospital que, apesar dos quilómetros percorridos para Lisboa e para o seu Ministério, nunca viu da parte dos seus antecessores “muita vontade política em resolver este dossiê”. “O IC6 nunca passou de uma promessa”, lamentou o edil, a uma semana de deixar a presidência da Câmara Municipal, acreditando que este itinerário vai ser uma realidade com este Ministro.
“Eu digo que acredito porque trabalhei isto consigo e acredito na sua palavra. Temos hoje dados que não tínhamos”, afirmou Alexandrino prometendo “ajoelhar-se” e pedir perdão aos seus opositores se o IC6 não for uma realidade até 2026. Mas também desafio a “pedirem perdão se não se concretizar”, afirmou em tom de desafio, perante os muitos convidados e presidentes de Câmara da CIM-Região de Coimbra, que fizeram questão de dizer presente naquele que foi um dos últimos atos solenes presididos por José Carlos Alexandrino. “Esta é também a mais bonita homenagem que lhe podiam fazer”, rematou Pedro Nuno Santos.