Até ao próximo domingo, casco antigo de Oliveira do Hospital promete encher-se de gente e muita animação.
É assim há oito anos. Em tempo de festas populares o “Há Festa na Zona Histórica” regressa também ao casco antigo da cidade de Oliveira do Hospital para reviver tradições, reencontrar-se com as suas gentes, mas acima de tudo para mostrar o potencial económico e turístico da zona antiga da cidade oliveirense.
Por estes dias não vão faltar motivos para visitá-la: restaurantes que estendem as suas esplanadas pelas ruas, com a tradicional sardinha pronta a saltar dos assadores, o cheiro a manjericos, as tasquinhas e tendas de artesanato, a animação musical e cultural são algumas das muitas propostas para sair à rua e dar um “pulo” até à zona histórica.
Presidente da União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio e um dos principais impulsionadores deste evento, Nuno Oliveira, espera que a festa volte a cumprir o seu desígnio que é recordar “velhos tempos” na zona antiga da cidade, e ao mesmo tempo projetá-la para o futuro, que se quer mais vivo e dinâmico naquela área urbana.
Lembrando que o evento foi criado precisamente para “mexer” com a zona histórica, que entrou num processo de desertificação e abandono por parte dos seus habitantes e comerciantes, Nuno Oliveira congratula-se agora por ver, finalmente, esta área da cidade ser contemplada com um amplo projeto de requalificação urbanística, por parte do Município de Oliveira do Hospital que assume a zona histórica como prioridade de investimento no PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. Um sonho antigo para uma zona da cidade igualmente antiga que está agora mais perto de ser uma realidade. “Esperamos que num próximo mandato autárquico o projeto já possa estar concretizado”, afirma o jovem autarca, que ambiciona por uma zona histórica onde as pessoas possam voltar a viver e a ter um comércio de qualidade e diversidade, como aliás, é a grande tendência dos centros urbanos nas grandes cidades.
E se é certo que a Câmara Municipal já prometeu lançar um concurso de ideias, junto dos gabinetes de arquitetura locais, para a execução do projeto de requalificação da zona histórica, o presidente da Junta não esconde a “ideia”, também com alguns anos, de transformar esta área num centro comercial ao ar livre. Em termos de comércio, e apesar de alguma renovação sentida, nos últimos anos, em termos dos espaços existentes, o autarca não tem dúvidas que isto iria atrair ainda mais negócios e clientes que procuram cada vez mais a “diferença” nestas zonas urbanas.
Já em termos de habitação e alojamento, Nuno Oliveira tem esperança que os estímulos que estão previstos para os investidores privados, como a isenção de alguns impostos e taxas e ainda a possibilidade de financiamento dos seus investimentos, possam trazer uma alma nova à zona histórica e a muitos dos seus prédios devolutos, com mais gente a fixar-se ali. “Há uma ideia que existe já há muito em alguns países que são os albergues difusos, que pode aplicar-se a esta zona” refere o autarca, que não tem dúvidas que a zona histórica tem um potencial turístico e económico que não tem sido devidamente explorado, pela falta de investimento público e privado. “Penso que com este projeto a zona histórica tem todas as condições para voltar a ter mais vida”, diz, para já apostado no sucesso de mais um evento, que durante três dias, promete encher de gente e animação a zona antiga da cidade.
Foto: Arquivo