Rui Filipe Duarte Marques nasceu a 4 de junho de 1986. Natural de Oliveira do Hospital. Criança de perspicácia afinada teve o seu primeiro contacto com a música através de uma “pianola da loja dos 300”. Com 12 anos iniciou a sua formação musical na Escola de Música do Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hospital, mais tarde, integrou a Orquestra Juvenil do mesmo clube e o Coral de Sant’Ana. Quatro anos volvidos, com apenas 16 anos, começa a dar aulas de Piano e de Iniciação à Guitarra Clássica, na Escola onde se iniciou.
Aos 18 anos parte para Coimbra, passou pelo Conservatório Regional de Coimbra e pelo Conservatório de Música de Coimbra, concluiu o 8° grau do curso de piano e mais tarde foi convidado para dar aulas. Concluiu a Licenciatura e Mestrado em Educação Musical, na Escola Superior de Educação de Coimbra, onde foi igualmente professor convidado. Também lecionou no Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Viseu, como professor convidado.
Atualmente é Investigador e Doutorando em Etnomusicologia, no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.
Nunca perdeu a ligação à sua terra. Em 2005 foi convidado para dirigir a Tuna Recreativa Penalvense, de Penalva de Alva, concelho de Oliveira do Hospital, onde passados 10 anos, ainda é o Maestro. Encontrou um grupo de crianças que tem crescido e feito crescer musicalmente o jovem Rui. O orgulho do trabalho realizado com esse grupo é espelhado no seu olhar, seja em palco ou quando fala dos seus tunos.
No ano de 2009, funda a “OHphicina das Artes” uma escola de música com um qualificado corpo docente e com protocolos internacionais que atestam a qualidade dos seus alunos. Tem uma média de 120 formandos por ano letivo.
Rui Marques dá mais tempo à música que a si. A paixão por esta arte e pela sua terra obrigam-no a uma vida atarefada, dividida entre a investigação, a sua tese de doutoramento, a sua escola de música e a direção da Tuna.
“A música em Oliveira do Hospital está de boa saúde.” Ao contrário do que se pensa há muitos jovens pró-ativos e interessados, com projetos nas várias correntes musicais. Rui lamenta o facto de a maioria da comunidade e das entidades locais, por facilitismo e populismo, valorizarem tudo o que é entretenimento, em detrimento da cultura local. O concelho de Oliveira do Hospital sempre foi rico em Tunas, Bandas Filarmónicas e Coros, no fundo o associativismo cultural de base e as iniciativas dos músicos locais.
Olha para a música como um laboratório de democracia. Reconhece o papel das associações para a construção de uma corrente de viragem de mentalidade social e luta por esse objetivo, todos os dias. Não estudou Piano para fazer vida de Pianista. Assume-se extremamente exigente consigo e com os outros. A apatia não faz parte do seu ADN. Rapaz de conversa fluída e humor inteligente. Não gosta de expressões musicalmente pejorativas, tais como: “Estás a dar-me música!”.