No passado dia 25 de junho de 2019, foram divulgados no site da Fundação para a Tecnologia e Ciência (FCT) os resultados da nova avaliação aos centros de investigação científica, que ditará o financiamento com que cada centro poderá contar entre 2020 e 2023, num total de 526 milhões de euros.
A avaliação foi efetuada por 224 avaliadores internacionais, distribuídos por 32 painéis, selecionados entre peritos internacionais de elevada competência e experiência científica, provenientes de instituições científicas de 26 países, incluindo visitas às instituições, que ocorreram entre setembro de 2018 e junho deste ano.
Relativamente às classificações anteriormente referidas: dos 296 laboratórios com financiamento proposto, 103 (31%) tiveram a classificação de excelente e 112 (33%) muito bom. Apesar de a área principal da BLC3 ser inovação e de ser uma das entidades de investigação mais recentes de Portugal, a BLC3 submeteu pela primeira vez o processo de avaliação do trabalho científico realizado tendo obtido o resultado da avaliação dos peritos internacionais que revela a elevada qualidade do trabalho realizado na BLC3, tendo originado a criação da Unidade de Investigação Centro Bio: Biorrefinarias, Bioindústrias e Bioprodutos.
Num total de 3 critérios de avaliação, numa escala de 0 a 5, obteve a classificação de 4, 4 e 5, tendo sido mesmo referido pelo painel de peritos “The Unit is pursuing the right balance between applied research, scale-up and business development, which is reflected in the personnel structure of its leading body. The Unit’s short track record already includes (a) high speed of getting their ideas ready for the market, (b) high potential for societal impact regionally by valorisation of local natural resources and waste products, (c) supporting local enterprises in creation of local employment through upskilling. The Unit’s infrastructure is impressive for an operation of this small size, ranging from analytical facilities to machine shops for making equipment.”
Para João Nunes, Presidente e CEO da BLC3, “o resultado da avaliação é resultado da excelência e mérito de trabalho de toda a equipa e jovens da BLC3. Demonstra que se pode cada vez mais dizer que “O Interior não é Interior” e que pode e deve afirmar-se ao mais alto nível na área do conhecimento, inovação e investigação. São alguns exemplos, além da BLC3, que estão cada vez mais a mostrar que o “Interior não é Interior” e a progredir para um cenário muito diferente do passado.
Ainda há muito trabalho a fazer, certamente porque o problema atual é um problema de décadas, mas se cada uma das instituições que está no Interior, pensar, ambicionar e trabalhar para uma visão e cenário que o “Interior não é Interior” estaremos certamente a contribuir para que os problemas da evolução demográfica nestas regiões não sejam tão significativos e mostrar uma realidade diferente da que muitas vezes se pensa.”