Ministro Pedro Marques deixou ontem compromisso em Oliveira do Hospital, depois da assinatura do contrato para a requalificação da EN17 que deverá ficar concluída dentro de nove meses.
O Ministro do Planeamento e Infraestruturas deixou ontem a promessa em Oliveira do Hospital de avançar no “imediato” com todos os projetos necessários à execução do IC6, no trajeto entre o nó de Tábua e Folhadosa, concelho de Seia.
Pedro Marques falava durante a cerimónia de assinatura do contrato de adjudicação da empreitada de requalificação da EN17, que juntou, nos Paços do Concelho, uma parte significativa do tecido empresarial oliveirense.
Na ocasião, e depois de ter sido “desafiado” pelo autarca local, José Carlos Alexandrino, a dar “mais um empurrão” ao IC6 que ficou parado no meio de um pinhal no limite do concelho de Tábua com Oliveira do Hospital, o governante comprometeu-se a fazer “já o que pode ser feito” que é o lançamento do projeto de execução e estudo de impacto ambiental do IC6, de modo a criar condições de financiamento desta obra junto de Bruxelas. “Hoje damos aqui um passo importante, mas amanhã daremos outro passo igualmente importante , com o lançamento dos projetos de execução estaremos em condições de lutar em Bruxelas pelo financiamento desta obra” garantiu o Ministro que lamentou, depois de “tantas promessas feitas”, nomeadamente pelo anterior secretário de Estado, e de “muito se ter falado do IC6” não existir um único projeto concreto para se poder avançar com a obra. “Nada disso estava feito. Se por acaso os fundos comunitários viessem a estar disponíveis para financiar esta obra, a obra não poderia acontecer”, fez notar o governante que veio a Oliveira do Hospital deixar a garantia de arrancar no imediato “com os projetos que um dia permitirão que o IC6 seja uma realidade”.
Também a reparação profunda da Nacional 17, considerada pelo Ministro, fundamental para a segurança rodoviária de quem circula nesta via, foi apontada como “um ato concreto” lançado por um Governo que aposta no Interior e na implementação de um conjunto de apoios ao investimento público de proximidade. Antes disso, e dirigindo-se diretamente ao Ministro Pedro Marques, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital já tinha feito o apelo à “urgência” do IC6, desafiando o governante “a dar mais um empurrão ao IC6”, cujo traçado pertence todo a governos socialistas. “O senhor ficaria na história e nos corações dos oliveirenses se lançasse o IC6”, afirmou o edil, que confessa “estar farto de promessas” e de não ver obra num concelho que contribui positivamente para a balança comercial do país.
“Criou-se aí o chavão que Portugal tem estradas a mais, o que nós reivindicamos aqui é uma estrada digna desse nome”, referiu Alexandrino, desafiando o Governo a “perceber estes rostos (dos empresários)”, pois foram responsáveis por um volume de negócios de 347 milhões de euros em 2015. “Esta é uma das obras mais necessárias e estratégicas para o desenvolvimento económico desta região, não é só para o concelho de Oliveira do Hospital”, entende o autarca, que enquanto reivindicava a conclusão do IC6 não se esquecia de agradecer a obra de requalificação da EN17, que apresenta atualmente um nível de degradação bastante elevado.
“É uma obra necessária e fundamental para a segurança das pessoas”, considera Alexandrino, que pediu ontem a “solidariedade” do Governo com estes territórios, nomeadamente em matéria de acessibilidades.
Com o IC6 a caminho de Oliveira do Hospital, avança já a requalificação da Nacional 17 que contempla intervenções numa extensão de cerca de 17 quilómetros, entre o nó de Tábua do IC6 e o limite do concelho de Oliveira do Hospital com Seia, num investimento de 2,2 milhões de euros. A obra ficará concluída dentro de nove meses.