Em resposta ao desafio lançado pela CIM Região de Coimbra ao colocar em discussão pública a proposta para a Estratégia Integrada de Desenvolvimento Territorial (EIDT) 2021-2027, os Grupos de Ação Local AD ELO | ADIBER | ADICES | COIMBRA MAIS FUTURO | DUECEIRA | PINHAIS DO ZÊZERE | TERRAS DE SICÓ, apresentaram um conjunto de contributos e sugestões que visam complementar as propostas desse documento.
Considerando como positiva a consolidação da intervenção que vem sendo preconizada no atual período de programação, os GAL salientam que, em simultâneo, são introduzidas novas iniciativas que visam responder aos desafios emergentes, reforçando a estratégia regional e alinhando-a com as prioridades nacionais e comunitários, reconhecendo a importância deste documento no contributo que oferece para a resolução dos problemas deste Território.
Estas Organizações da Sociedade Civil defendem a valorização e maior envolvência dos atores do território, enquanto estruturas de proximidade, não apenas ao nível da definição das estratégias, mas sobretudo da sua execução, gerando ganhos de escala e complementaridades que otimizam os recursos disponibilizados.
Da análise aos eixos estruturantes da Estratégia Integrada para a Região de Coimbra, ao nível da inovação é destacada a importância do apoio à disseminação de estruturas mobilizadoras da incorporação da inovação e transferência de conhecimento, especialmente vocacionadas para o tecido económico local, como é exemplo a experiência-piloto que os GAL estão a desenvolver para instalação destes Centros a nível local, que se apresenta como interface entre as comunidades locais e as redes de produção de conhecimento, constituindo-se como espaços indutores da inovação que respondam às necessidades específicas das diversas comunidades.
Para tal é imperioso democratizar o acesso à digitalização por parte das empresas e cidadãos, alargando a abrangência da cobertura e conetividade digital através das redes 5G, a par da adoção de soluções para o aprofundamento da literacia digital dos utilizadores, já que a transição digital deve ser colocada ao serviço da coesão e não para o aprofundamento dos desequilíbrios territoriais.
A nível social, nomeadamente o apoio aos idosos, deve apostar-se no desenvolvimento de respostas sociais que garantam a sua autonomia, em alternativa à institucionalização, devendo privilegiar-se, como exemplo, áreas como a teleassistência ao domicílio ou o apoio a uma rede cuidadores formais e informais que permitam uma cobertura mais ampla de apoio social não institucional.
Ao nível da governança das políticas publicas e da prestação de serviços às populações, os GAL consideram que a experiência, conhecimento e proximidade que as Organizações locais detêm dos respetivos territórios, poderá ser aproveitada no âmbito da formalização de protocolos e contratos de colaboração que visem dinamizar e oferecer diversos Serviços de Interesse Geral em regiões onde os mesmos sejam deficitários, no que será um modelo de intervenção interessante, baseado numa parceira público-privada virtuosa, com benefícios para os cidadãos.
O contributo colocado à apreciação da CIM Região de Coimbra deverá ser entendido como a expressão manifestada pelas ADL – Associações de Desenvolvimento Local / GAL– Grupos de Ação Local em assumir um papel ativo e proativo na construção de processos e estratégias de desenvolvimento, cientes de que a sua ação – quer a nível nacional, regional, mas sobretudo local -, se constitui fiável e adequada para o desenvolvimento inclusivo, sustentável e integrado dos territórios, contribuindo no seu conjunto para o progresso e crescimento harmonioso da Região de Coimbra no seu todo.