Vereador da ação social garante que o dispositivo social tem vindo a melhorar as respostas a esta nova realidade.
São cada vez mais os idosos a passar a barreira dos 100 anos no concelho de Oliveira do Hospital. Esta segunda-feira foi a vez de Maria Norvinda.
Utente do Centro de Dia de Santo António do Alva, esta centenária vem engrossar o número de idosos com 100 ou mais anos, contabilizados pelas instituições de solidariedade social do concelho oliveirense, onde já vai sendo cada vez mais comum um idoso chegar aos 100.
Uma tendência notada também a nível nacional e não apenas no concelho de Oliveira do Hospital, que leva o pelouro da ação social, tutelado pelo vereador José Francisco Rolo, a estar também desperto para esta nova realidade. “Verifica-se que há cada vez mais pessoas, em especial mulheres, que ultrapassam os 100 anos de vida”, faz notar o vereador, lembrando que este aumento da esperança de vida, vem “colocar novos desafios aos dispositivos de proteção social, sejam às instituições, seja ao próprio município”. “Temos de perceber que tipo de estruturas de acolhimento temos de ter no nosso concelho e no país, que também está a envelhecer e a aumentar a esperança de vida”, refere, não tendo dúvidas que além do setor social ter de adaptar as suas respostas a esta faixa da população, também ao nível da saúde “é preciso montar um bom dispositivo que permita cuidados de saúde especializados, uma vez que aumenta a esperança de vida, é preciso garantir qualidade de vida e assistência na saúde destas pessoas” considera o vereador da ação social, que esta segunda feira, se juntou à festa do centenário de Maria Norvinda, no Centro de Dia de Santo António do Alva.
Aproveitando para felicitar a aniversariante pela “bonita idade” que acabara de completar e acima de tudo pela forma física e intelectual que aparenta aos 100 anos de idade, tendo mesmo mostrado “jeito para a política” ao fazer um discurso de agradecimento a todos quantos a rodeavam e que lhe dão diariamente “carinho”,
Francisco Rolo, falou na necessidade de se apostar cada vez mais em serviços “bem preparados” para dar resposta a estas pessoas. “É importante ter boas estruturas de acolhimento, centros de dia para quem ainda está autónomo, onde haja bons programas de acolhimento e aí as nossas IPSS’s são de excelência”, considerou, acreditando que a rede social concelhia dá boas respostas aos seus idosos não só do ponto de vista do acolhimento, como da própria ocupação para que tenham cada vez mais um envelhecimento ativo.
“Para isso montámos projetos interessantes como o «Lar na Biblioteca», mas também o projeto “Viver Mais Tempo a Ler” e agora vamos desenvolver o projeto do Bocia, precisamente para estimular a atividade física das pessoas que estão nos lares e centros de dia e a seguir vamos lançar o projeto das Hortas Sénior” deu nota o vereador, que acredita que a qualidade do dispositivo social concelhio contribui também para uma maior longevidade dos seus idosos, sendo cada vez menos raros os casos de pessoas que chegam aos três dígitos de idade, como é o caso de Maria Norvinda, que para o ano ainda quer cá estar para contar mais um…