Armazéns Neves
Em pleno centro histórico da cidade de Oliveira do Hospital, no largo Ribeiro do Amaral, encontramos aquele que é um dos estabelecimentos comerciais mais antigos do concelho e da própria região.
Fundados em 1 de Fevereiro de 1944 por Francisco Luciano das Neves, os Armazéns Neves comemoraram este ano 75 anos de existência e são hoje o exemplo vivo da capacidade de perseverança de três gerações que têm vindo a assegurar a continuidade de um negócio de família.
Conhecido como um comerciante extremamente dedicado ao seu trabalho, Francisco Luciano das Neves trabalhou até aos 86 anos – 12 e 13 horas por dia – e viria a falecer em 1992 no seu posto de trabalho.
Após a sua morte, Arménio Ferreira das Neves assume a liderança dos armazéns até aos 83 anos, dedicando-lhes mais de meio século de trabalho.
Interrompe a atividade por razões de saúde.
Este estabelecimento comercial, que tem hoje como proprietários os irmãos Rui Neves e Miguel Neves – netos do fundador, já com várias décadas no negócio –, conseguiu superar todas as crises que, ao longo dos tempos, vêm assolando o comércio tradicional.
Recentemente, os armazéns herdados da família, que são os mais antigos do género na cidade de Oliveira do Hospital, ganharam novo nome: Passaram a chamar-se SEMPRENEVES, porque na verdade já estão há 75 anos nas mãos da família Neves.
Focada no comércio, por grosso, de malhas, atoalhados, artigos de têxtil lar e muitos outros artigos, a empresa SEMPRENEVES, que opera em Oliveira do Hospital e nos municípios vizinhos, é hoje um exemplo da vitalidade do nosso comércio tradicional.
Aos ARMAZÉNS NEVES, o Município de Oliveira do Hospital atribui a Medalha de Mérito Municipal.
José António Freire Falcão de Brito
José António Falcão Freire de Brito nasceu a 12 de Outubro de 1930, em Lagares da Beira, falecendo a 27 de Outubro de 2016.
Destacando-se como um cidadão de notável empenho e com grande participação social, José Falcão de Brito fez a 4ª classe na escola primária de Lagares da Beira e, alguns anos mais tarde, concluiu o 5º ano do curso liceal no colégio Brás Garcia de Mascarenhas.
Completou o 7º ano do Curso Geral dos Liceus no Liceu da Vila de Nelas e, em 1958, rumou à capital do país para trabalhar na Caixa Geral de Depósitos.
Em Hamburgo, foi funcionário durante 5 anos da companhia de aviação alemã – a Lufthansa –, mas regressa a Portugal e em 1966 casa com Maria da Conceição Mendes Costa e Silva, de quem teve dois filhos.
Grande parte da sua vida foi dedicada à agricultura, especialmente na produção de vinho e azeite.
Foi fundador da empresa Azeites do Cobral, que é o resultado da fusão de dois lagares centenários pertencentes a duas famílias da Beira Alta tradicionalmente ligadas à agricultura e à produção de azeite.
O seu nome aparece também associado à fundação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo e ainda à Cooperativa Agropecuária de Oliveira do Hospital. Foi director em ambas as instituições.
Paralelamente a esta sua intensa participação social, Falcão de Brito foi presidente da Junta de Freguesia de Travanca de Lagos, pelo CDS, durante três mandatos.
O seu trabalho como autarca mereceu sempre elogios dos mais variados quadrantes políticos, e as diversas obras que realizou na freguesia de Travanca de Lagos são o testemunho da sua acção política.
Entre essas obras, assumem principal destaque o restauro da antiga escola primária e a construção de cemitérios e estradas em Andorinha e Negrelos, por exemplo.
A sua principal obra foi no entanto a reconstrução de uma casa senhorial do século dezanove, onde se encontra a Junta de Freguesia de Travanca de Lagos e um pequeno museu de antiguidades, com peças do seu próprio espólio e dos seus conterrâneos.
No desporto, foi precursor da Associação Desportiva de Lagares da Beira, diretor do clube de futebol local e ainda da Associação Desportiva de Travanca de Lagos, onde se destacou como um dos principais impulsionadores na construção do campo de futebol.
A entrega de Falcão de Brito às mais diversas causas sociais, está também bem patente na sua passagem pelos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, onde desempenhou a função de comandante da corporação.
A José António Freire Falcão de Brito, o Município de Oliveira do Hospital atribui, a título póstumo, a Medalha de Mérito Municipal.
Francisco Marques de Oliveira
Francisco Marques de Oliveira nasceu em Lagares da Beira a 17 de Julho de 1917, tendo falecido em 2 de janeiro do ano de 2002.
Na adolescência rumou a Lisboa para casa de umas tias com o objectivo de aprender – com grande sucesso – a arte de electricista.
Regressado da capital, casa-se, em 1948, com Maria da Conceição Garcia Rolo, de quem teve três filhos, e fixa-se em Oliveira do Hospital.
Aos 32 anos – estávamos no ano de 1950 –, foi nomeado pelo presidente da Câmara Municipal de então, Agostinho Vaz Patto, encarregado dos serviços de água.
Fundou com o irmão Joaquim e o cunhado José Mendes Garcia uma pequena fábrica de motores eléctricos em Lagares da Beira, criando a marca “Quinta da Estrela”.
De espírito empreendedor – ainda hoje muitos dos motores que fabricou, há mais de 50 anos, se encontram em funcionamento – Francisco Marques de Oliveira distinguiu-se como um grande especialista em electricidade e foi responsável pela formação da maior parte dos electricistas do concelho de Oliveira do Hospital.
Quando surgiu a televisão, em meados dos anos 50, foi convidado pela Philips Portuguesa para fazer algumas ações de formação na Philips em Lisboa. Ficou com a representação da marca numa pequena loja de comércio no Largo Ribeiro Amaral e vendeu a primeira televisão ao antigo Café Portugal.
Como funcionário da antiga Hidroeléctrica de Arganil, ficou responsável pela rede de distribuição eléctrica e electrificou quase todo o concelho de Oliveira do Hospital.
Nos anos 60 e 70 – e empregando já vários funcionários – fez chegar a energia eléctrica a muitas fábricas que se estavam a instalar no concelho de Oliveira do Hospital e ao próprio hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz.
Coordenou, por exemplo, a equipa que executou as infraestruturas eléctricas da antiga Agloma, em São Paio de Gramaços.
Manteve sempre a responsabilidade da rede eléctrica do Concelho mesmo quando a Hidroeléctrica de Arganil foi integrada na EDP, uma empresa da qual também foi funcionário.
Não esquecendo as obrigações sociais para com o concelho onde residia, Francisco Marques de Oliveira foi também – entre 1965 e 1968 – presidente dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital.
Foi durante a sua presidência que os bombeiros adquiriram a sua primeira ambulância.
A Francisco Marques de Oliveira, o Município de Oliveira do Hospital atribui, a título póstumo, a Medalha de Mérito Municipal.
Manuel Madeira Mendes
Natural de São Paio de Gramaços, onde nasceu em 30 de Janeiro de 1937, Manuel Madeira Mendes iniciou o seu percurso profissional como aprendiz de alfaiate em Oliveira do Hospital.
Frequentou a Escola Primária de S. Paio de Gramaços, onde concluiu a 4ª classe com distinção.
A 14 de Abril de 1958 começa a cumprir o serviço militar no grupo divisionário de carros de combate em Santa Margarida, onde entra na escola de cabos, tendo sido promovido a 1º cabo em 31 de Agosto desse mesmo ano.
Inicia-se na área comercial em 1963 com a aquisição, por trespasse, de uma mercearia de vinhos e miudezas na aldeia de S. Paio de Gramaços.
No ano de 1974 fundou com dois irmãos e o pai, António Maria Veloso, a conhecida empresa António Maria Veloso & Cª, Lda, que mais tarde, no ano de 2000, passou de sociedade por quotas a sociedade anónima.
Depois de ter comprado todas as quotas aos restantes sócios, assumiu-se desde cedo como o administrador da empresa, função que atualmente desempenha
Na política, integrou o executivo da Junta de Freguesia de S. Paio de Gramaços, de 1978 a 1982, exercendo o cargo de tesoureiro.
Paralelamente à sua actividade empresarial, Manuel Madeira Mendes tem vindo a desempenhar, desde os anos 70, um papel importantíssimo no associativismo e na defesa da cultura tradicional e popular portuguesa.
Está à frente dos destinos do Rancho Folclórico Sampaense desde 1976, onde é figura assídua também como executante. Tem-se assumido como um dos principais beneméritos da coletividade.
Foi o responsável pelo Rancho Folclórico Sampaense ter sido o primeiro rancho federado do concelho, desde 1988.
No pavilhão Serafim Marques, onde se encontra a sede do rancho, tem sido o principal impulsionador do importante museu etnográfico ali criado.
Faz parte, desde há vários anos, da Comissão da Federação de Folclore Português, como conselheiro técnico.
Em 31 de Maio de 2009, a Federação do Folclore Português distingue Manuel Madeira Mendes com a medalha de “Grau Ouro”, como reconhecimento pela dedicação e fidelidade ao folclores português.
Mais recentemente, em 27 de Maio de 2018, a mesma federação atribui-lhe o diploma e a medalha de mérito cultural pelos distintos serviços prestados à instituição, no processo de edificação da sua sede social.
A Federação reconhece que Manuel Madeira Mendes tem dado um importante contributo na missão cívica e patriótica de salvaguarda da cultura tradicional e popular portuguesa.
A Manuel Madeira Mendes, o Município de Oliveira do Hospital atribui a Medalha de Mérito Municipal.
Albano José Ribeiro de Almeida
Albano José Ribeiro de Almeida, natural de Nogueira do Cravo, freguesia onde nasceu a 4 de setembro de 1930 e onde fez a 4ª classe, é licenciado em Ciências Militares pela Academia Militar de Lisboa.
Fez os 5 anos liceais no célebre colégio Brás Garcia de Mascarenhas e mais tarde ingressou no Magistério Primário de Coimbra. Na Freguesia que o viu nascer, na escola primária de Galizes, trabalhou como professor primário, durante dois anos lectivos.
Também licenciado em História e Mestre em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Albano Ribeiro de Almeida tem um percurso de vida intensamente marcado pela carreira militar.
O coronel de infantaria, hoje reformado, frequentou vários cursos de segurança nos Estados Unidos, Espanha e França.
Mestre em Comando e Estado Maior pelo Instituto de Altos Estudos Militares de Lisboa, Albano Ribeiro de Almeida – ex combatente da Guerra do Ultramar – desempenhou em 1968 funções, em Moçambique, como comandante da Polícia de Segurança Pública.
Em 1972 volta a Angola, de onde regressa, evacuado por doença, em 1975. Nesse ano, em 25 de Novembro, é nomeado pelo Conselho da Revolução como membro da Comissão Administrativa da Radiodifusão Portuguesa e destacado como director para a região centro.
Serviu a Polícia Judiciária Militar e em 1982, a seu pedido, passou à reserva.
Foi também inspector regional de Bombeiros do Centro, do Serviço Nacional de Bombeiros, e delegado distrital do Seviço Nacional de Proteção Civil
Na política, foi vereador na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, como independente eleito pelo Partido Socialista, entre 2005 e 2009.
Hoje, com 89 anos, Albano Ribeiro de Almeida tem ainda energia para presidir à Assembleia Geral dos Bombeiros Voluntários de Coimbra e é também vice-presidente da Associação Nacional de Apoio ao Idoso, em Coimbra.
No entanto, é na sua chamada “Casa do Sossego”, em Senhor das Almas, que Albano Ribeiro de Almeida mais gosta de estar.
Apaixonado pela agricultura, sempre que pode regressa às origens, onde se distrai com a agricultura familiar e um rebanho de ovelhas da raça Bordaleira Serra da Estrela.
A ALBANO JOSÉ RIBEIRO DE ALMEIDA , o Município de Oliveira do Hospital atribui a Medalha de Mérito Municipal.
José António Freire Falcão de Brito
José António Falcão Freire de Brito nasceu a 12 de Outubro de 1930, em Lagares da Beira, falecendo a 27 de Outubro de 2016.
Destacando-se como um cidadão de notável empenho e com grande participação social, José Falcão de Brito fez a 4ª classe na escola primária de Lagares da Beira e, alguns anos mais tarde, concluiu o 5º ano do curso liceal no colégio Brás Garcia de Mascarenhas.
Completou o 7º ano do Curso Geral dos Liceus no Liceu da Vila de Nelas e, em 1958, rumou à capital do país para trabalhar na Caixa Geral de Depósitos.
Em Hamburgo, foi funcionário durante 5 anos da companhia de aviação alemã – a Lufthansa –, mas regressa a Portugal e em 1966 casa com Maria da Conceição Mendes Costa e Silva, de quem teve dois filhos.
Grande parte da sua vida foi dedicada à agricultura, especialmente na produção de vinho e azeite.
Foi fundador da empresa Azeites do Cobral, que é o resultado da fusão de dois lagares centenários pertencentes a duas famílias da Beira Alta tradicionalmente ligadas à agricultura e à produção de azeite.
O seu nome aparece também associado à fundação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo e ainda à Cooperativa Agropecuária de Oliveira do Hospital. Foi director em ambas as instituições.
Paralelamente a esta sua intensa participação social, Falcão de Brito foi presidente da Junta de Freguesia de Travanca de Lagos, pelo CDS, durante três mandatos.
O seu trabalho como autarca mereceu sempre elogios dos mais variados quadrantes políticos, e as diversas obras que realizou na freguesia de Travanca de Lagos são o testemunho da sua acção política.
Entre essas obras, assumem principal destaque o restauro da antiga escola primária e a construção de cemitérios e estradas em Andorinha e Negrelos, por exemplo.
A sua principal obra foi no entanto a reconstrução de uma casa senhorial do século dezanove, onde se encontra a Junta de Freguesia de Travanca de Lagos e um pequeno museu de antiguidades, com peças do seu próprio espólio e dos seus conterrâneos.
No desporto, foi precursor da Associação Desportiva de Lagares da Beira, diretor do clube de futebol local e ainda da Associação Desportiva de Travanca de Lagos, onde se destacou como um dos principais impulsionadores na construção do campo de futebol.
A entrega de Falcão de Brito às mais diversas causas sociais, está também bem patente na sua passagem pelos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira, onde desempenhou a função de comandante da corporação.
A José António Freire Falcão de Brito, o Município de Oliveira do Hospital atribui, a título póstumo, a Medalha de Mérito Municipal.