Alexandrino não “completamente” satisfeito, pede arranque da obra já em 2020.
“É um sinal positivo, mas não me deixa completamente feliz”, foi assim que o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, reagiu ao facto do IC6 ter sido inscrito no Plano Nacional de Investimentos para o período 2020-30.
Embora satisfeito por esta via rodoviária, há por si muito reclamada, ter sido finalmente contemplada no PNI, o autarca não esconde alguma desilusão por aquele projeto poder ficar adiado mais alguns anos, quando “havia um compromisso deste Governo de o lançar – numa primeira fase – até 2020”. Uma primeira fase que deverá ligar o final do IC6, no poço do Gato, ao nó de Folhadosa, no concelho de Seia, num investimento de cerca de 38 milhões de euros.
Acreditando que o Governo vai cumprir “os seus compromissos” de lançar o IC6 em 2020, até porque aparece como prioritária no Programa de Valorização das áreas empresariais, Alexandrino adianta, ainda assim, que irá pedir “algumas satisfações” ao ministro Pedro Marques, por este investimento “só estar aqui”. “Ainda bem que está aqui, e vale mais tarde do que nunca, mas gostaria que fosse antecipado”, confessa o edil, que independentemente de ver a obra arrancar ainda no decorrer deste seu último mandato, não tem dúvidas que este é um investimento que vai ter sempre a sua marca. “Este executivo ficará muito ligado a este projeto, porque foi eu que liderei esta reivindicação na região, assumindo posições muito mais duras que alguns colegas meus, que têm tido posturas muito mais suaves”, mas “cada um luta por aquilo que acredita, e eu luto por aquilo que acho que é justo para o meu território” afirmou o edil, recordando que foi ele quem negociou com o Governo a continuação do IC6 com a ligação, numa primeira fase, até Folhadosa.
Talvez por isso não esconda alguma “tristeza” se o seu mandato terminar, o que acontecerá em 2021, e a obra não estiver já no terreno. “Gostaria que a obra começasse e fosse executada ainda durante o meu mandato, se isso não acontecer não deixarei de sentir alguma tristeza, porque criei muitas vezes, muitos aborrecimentos pela forma como reivindiquei este investimento”, garante, considerando este PNI 2020-30 um “doce” com algum sabor “amargo”, se aquela que foi uma das suas grandes bandeiras não for concretizada, ou pelo menos, iniciada nos próximos dois anos.