O irmão mais novo do homem que está acusado de abusar sexualmente da mãe em Fiais da Beira garante que aquele é um “monstro” e pede aos tribunais que façam justiça.
Carlos (nome fictício) é o mais novo de oito irmãos, mas o único que à data dos acontecimentos partilhava a mesma casa com a mãe, de 70 anos, antes deste irmão ter regressado de Espanha, onde esteve preso durante vários anos, e ter pedido “abrigo” debaixo do mesmo tecto.
Não foram necessários muitos dias, segundo o mais novo de oito filhos da alegada vítima, para o irmão de 53 anos revelar novamente os seus comportamentos agressivos. “Ele andava sempre a ameaçar-nos com um facalhão daqueles de cortar carne se não lhe déssemos dinheiro”, relata o rapaz com idade na casa dos 40 anos, lembrando que o irmão gastava tudo no “álcool e nas drogas”, andando constantemente “podre de bêbado”.
“Ele era muito agressivo com toda a gente, provocava as pessoas, oferecia porrada, sem elas lhe fazerem nada, era um bicho que andava ali à solta” diz o mais novo dos irmãos, que confessa nunca se ter apercebido que ele se “metia” com a mãe, apesar de a insultar com nomes “horríveis”. “A minha mãe nunca me disse nada com medo que eu fizesse alguma asneira, preferiu contar a um outro irmão meu”, adianta Carlos, que foi retirado de casa com a mãe até o irmão ser detido pelas autoridades.
“Uma pessoa que faz isto a uma mãe é um selvagem, é um monstro”, diz o filho mais novo da vítima, não escondendo que a progenitora, “com os desgostos da vida”, também começou a beber “muito whisky e vinho”. Terá sido nesses momentos de “inconsciência” que o filho mais velho aproveitava para abusar sexualmente da mãe, sem que esta conseguisse reagir.
Com o julgamento a decorrer em Coimbra, Carlos espera que os tribunais façam justiça e apliquem ao irmão a pena que “ele merece por aquilo que fez”.