Novo líder da Concelhia Social Democrata de Oliveira do Hospital quer contar com o apoio de todos os ex dirigentes e autarcas para unir o partido.
É o novo líder do PSD de Oliveira do Hospital e garante estar empenhado em acabar, definitivamente, com as divisões internas, que, admite, têm deixado, nos últimos anos, o partido em “cacos”.
João Brito, atualmente único vereador da oposição no executivo oliveirense, em substituição de Cristina Oliveira que suspendeu o mandato na Câmara Municipal, ganhou as eleições de sábado passado para a Comissão Política Concelhia, com 166 votos, contra os 135 conseguidos pela candidatura adversária, liderada por Nuno Tavares Pereira. Na equipa conta com alguns nomes conhecidos do PSD local e que integraram anteriores projetos políticos, quer ao lado do antigo presidente da Câmara, Mário Alves, quer do lado do seu “arquirrival” José Carlos Mendes. Duas faces de um PSD que João Brito quer agora unir e pacificar, diz.
“O facto de ter havido duas listas até é bom, mexe com as pessoas, mobiliza o partido, temos é de aproveitar esta mobilização para unificar o PSD e colocar o partido onde ele já esteve, o que já não se consegue há demasiados anos”, entende o novo líder local social democrata, para quem, nestas eleições, só não houve uma só lista a sufrágio porque “houve uma pessoa que queria a todo o custo ser candidata e encabeçar a lista” que era o seu adversário. “Eu entendi que essa pessoa não reunia as condições, a sua imagem estava desgastada dentro do PSD e não credibilizava o partido”, considera João Brito, esperando que as divisões tenham terminado no dia das eleições e que, a partir de agora, possa contar com o apoio de “todos”.
“A nossa prioridade no pós eleições é voltar a unir as pessoas em torno do nosso projeto para o partido, independentemente, de quem apoiaram, que é o que tem faltado ao PSD”, afirma, justificando o estado a que chegou o partido a nível local com o “extremar de posições” das pessoas que têm liderado os sucessivos projetos políticos com a bandeira do PSD. “Desta vez não houve confrontos, não houve ofensas de lado nenhum, não sofremos desse mal, portanto, penso que estão reunidas as condições para voltarmos a sentar-nos à mesma mesa”, adianta João Brito, julgando ter a “capacidade” de “unir todas as partes”.
Apesar das ligações conhecidas ao antigo presidente da Câmara, Mário Alves, e deste poder apoiar o seu projeto político, João Brito faz questão de esclarecer que “convidou para a lista todas as pessoas que já demonstraram ter capacidade e experiência política”, pelo que “ os apoios espero tê-los de todos: dos ex presidentes da Comissão Política Concelhia, dos ex presidentes da Câmara e de todos os militantes, só com esses apoios é que conseguimos erguer o PSD e construir uma verdadeira alternativa de poder”, defende.
Determinado a fazer aquilo que os seus antecessores na liderança da Concelhia não conseguiram, isto é: colocar o partido a uma só voz em Oliveira do Hospital, João Brito quer, numa “segunda fase”, um partido “mais ativo” e “interventivo” a nível local, o que, lamenta, não existir ultimamente. “A partir de agora nada vai ser como dantes, o PSD vai ter um papel diferente, mais interventivo, não vamos criticar só por criticar, vamos apontar soluções a todos os níveis”, assegura, escusando-se para já a falar para “fora” do partido.