CDU elegeu local “simbólico” da cidade para apresentar candidatos às autárquicas.
Foi num sítio “simbólico” da cidade oliveirense, junto ao agora mega agrupamento de escolas de Oliveira do Hospital, que o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, João Dinis, fez questão de apresentar os candidatos do partido às autárquicas no concelho, aproveitando, de uma penada, para criticar o estado de alguns dos equipamentos públicos que ali se encontram, como as piscinas municipais, o parque dos marmelos e ainda as opções políticas deste e de anteriores executivos em áreas consideradas chave.
O candidato comunista que, segundo afirmou, entra nesta corrida, para contribuir para que o debate público tenha “conteúdo” e não seja apenas “gritaria”, começou por criticar a “opção desastrosa” da concessão, em 2000, do abastecimento de água e saneamento à empresa Águas do Zêzere e Côa, que se traduz atualmente no pagamento de uma fatura “incomportável”. “Temos agora a Câmara Municipal encostada à parede, a pagar a água ao preço que deveria ser paga só em 2030”, referiu João Dinis, lembrando que ou a Câmara faz repercutir estes custos na fatura dos oliveirenses e “tem milhares de lares que não podem pagar”, ou não repercute, e “isto já lhe está a custar um déficite de 1,2 milhões de euros por ano”. “Isto é insuportável e ruinoso”, argumentou o candidato comunista, defendendo uma “alternativa” nesta área, que garanta aos munícipes “água de qualidade e acessível”.
Tendo como pano de fundo a sede do novo mega agrupamento de escolas, João Dinis não deixou de desferir um forte ataque à responsável pela reorganização do parque educativo do concelho – a ex diretora regional de educação e candidata do PSD em Oliveira do Hospital – quem acusou de ter posto em prática uma “politica criminosa” que só serve para despedir funcionários, professores e juntar alunos. Mas se no ensino básico e secundário as críticas recaíram no PSD, no ensino superior as palavras mais duras foram para o presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, que João Dinis garante não ter dúvidas “é o primeiro responsável pelo encerramento de cursos na ESTGOH”. “Eu pergunto ao senhor presidente da Câmara se se sente bem a ser candidato por um partido – PS – que tem um destacado militante que faz um ataque destes à ESTGOH”, questionou, ao mesmo tempo que considerou o IC6 um outro “mistério” dos governos PS e PSD/CDS, pois “ninguém consegue explicar como é aquilo continua lá enterrado num pinhal à entrada do nosso Município”. (leia mais na edição impressa)