Conhecido empresário quer trazer Tribunal Constitucional para Coimbra e apelida de vergonhosa a rede viária no distrito.
Foi o único candidato à liderança da Distrital de Coimbra do CDS, nas eleições do passado dia 25, e tem como ambição voltar a reunir as gentes do partido no Distrito, colocando-as a “dialogar com a sociedade civil”.
De dentro para fora, o jovem empresário oliveirense e único eleito do CDS à Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, Luís Lagos, deixa claros os principais pilares em que assenta o projeto político que agora encabeça, que tem como meta “colocar o CDS a crescer no distrito”.
Apostado em transformar as “debilidades” do CDS distrital numa “força”, o que espera conseguir com um trabalho de proximidade com todas Concelhias e numa relação de respeito e “lealdade” com a direção nacional, Lagos quer reconquistar, essencialmente, alguma da centralidade perdida por Coimbra, nos últimos anos.
O novo líder da Distrital do CDS recupera assim uma “ideia antiga” do partido e quer trazer para a cidade dos estudantes a sede do Tribunal Constitucional. “Alterar a sede do TC para Coimbra seria uma forma da Assembleia da República e dos seus deputados fazerem justiça à cidade que teve uma centralidade que foi sendo perdida ao longo dos tempos”, refere, lembrando, além disso, que Coimbra tem uma longa tradição no campo do Direito com a sua Universidade. Lagos defende ainda um modelo de descentralização institucional que permita que as CCDR´s – Comissões de Coordenação e Desenvolvimento das Regiões, passem a ser objeto de uma eleição, mas não uma eleição qualquer.
O recém eleito presidente da Distrital do CDS em Coimbra quer que os elementos que dirigem as CCDR´s possam ser escolhidos através do voto direto dos portugueses da respetiva área geográfica, e não eleitos pelos presidentes de Câmara, como defende o atual governo, julgando que esta é a única forma de dar “força” a estas estruturas intermédias do Estado para lutarem por distritos que “muitas vezes são ignorados no campo do investimento público”, como diz, ter acontecido com Coimbra. Num projeto onde não faltam ideias para revitalizar o partido a nível distrital, Luís Lagos não poupa críticas à rede viária e de transportes da região, considerando uma “vergonha” que o norte do distrito continue abandonado com um “IC6 a acabar num pinhal”, e uma Nacional 17, cujo concurso para a requalificação foi lançado ainda no anterior Governo, sem sair da gaveta. “Começo a desconfiar que o Governo do PS cancelou a requalificação da EN17”, constata, ao mesmo tempo que fala nas próximas autárquicas, mostrando-se aberto a coligações, desde que sejam projetos políticos “amigos “das famílias e empresas.