Eleitos do PS acusam presidente da Junta de “dar o dito por não dito” e recusar acordo para formar executivo.
Os eleitos pela lista do PS à Junta de Freguesia de Travanca de Lagos acusam o presidente António Soares de “ter dado o dito por não dito” e quebrado o acordo feito na presença do presidente da Câmara Municipal, no sentido de assegurar a governabilidade daquele órgão autárquico, que desde as eleições de dia 29 de setembro se encontra a ser gerido pelos anteriores vogais, uma vez que a lista mais votada – o Movimento independente “Travanca de Lagos Sorri” não se entende com as outras duas listas candidatas, apesar da obtenção do mesmo número de mandatos, quanto à composição do futuro executivo.
Depois de uma primeira assembleia em que foram rejeitadas onze propostas para a eleição dos novos órgãos da freguesia, e dada a instabilidade entretanto instalada na Junta, José Carlos Alexandrino convidou o presidente eleito a apresentar uma solução de governo, ao que este propôs um executivo formado por um elemento de cada força política (Movimento de Independentes, PS e PSD) que terá sido aceite por todos com “sentido de equilíbrio e responsabilidade”. Num comunicado enviado à imprensa, o candidato do PS à Junta de Travanca, Tomás Pedro, lamenta todavia “a mudança de opinião” do presidente da Junta que, depois do acordado na reunião com o presidente da Câmara Municipal, deu “o dito por não dito”, recusando a proposta da sua própria autoria para a integração do primeiro elemento de cada uma das forças políticas eleitas nas últimas autárquicas.
“É inaceitável que António Manuel Soares tenha “dado o dito por não dito” e posto em causa o acordo feito de boa fé, na Câmara Municipal”, entende o eleito do PS, lastimando “a forma como atuou e continua a atuar o Presidente da Junta de Freguesia” que ao recuar com a palavra só evidencia que “não quer como número dois da Junta de Freguesia quem o Povo de Travanca de Lagos elegeu nas urnas, ou seja, o cabeça de Lista do PS, Tomás Pedro e deste modo negando qualquer entendimento razoável, esquecendo-se que está a prejudicar unicamente a Freguesia”. (leia mais na edição impressa)