No passado dia 19 de outubro, o Ministro da Agricultura, Capoulas Santos, deslocou-se às instalações da ANCOSE – Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela, a fim de celebrar um protocolo, de forma a repor o efetivo animal, que ficou reduzido com o grande incêndio de 15 de outubro de 2017.
Depois de uma breve visita ao Centro de Recria de Borregas, criado com o objetivo de ajudar os produtores lesados, Capoulas Santos enalteceu o trabalho da ANCOSE que, apesar de ser um “trabalho excelente”, ainda não foi suficiente para repor o efetivo. Para atingir esse mesmo objetivo, o Ministro comprometeu-se em doar as 500 borregas.
Antes da assinatura do protocolo, Manuel Marques, presidente da ANCOSE, dirigiu palavras de apreço ao Ministério que, na sua opinião, tem “feito de tudo” para ajudar os produtores e agricultores lesados do incêndio. Para o presidente, a visita do Ministro “demonstra bem o valor e o significado que a ANCOSE tem para o Ministério da Agricultura”.
Por sua vez, Capoulas Santos adiantou que, por cada borrega, “o Ministério paga 130 euros, 70 por borrega e o restante para alimentação”.
Na ocasião, o Ministro revelou que “só no concelho de Oliveira do Hospital, foram atribuídos apoios financeiros a 3 459 produtores”. “Já pagámos, até agora, neste concelho, 8,6 milhões de euros”, adiantou Capoulas Santos, garantindo que os nomes e montantes estão disponíveis no site do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas.
José Carlos Alexandrino, presidente do Município de Oliveira do Hospital, fez questão de marcar presença na cerimónia e aproveitou a ocasião para reconhecer o “esforço enorme que o Governo tem feito para resolver todos os problemas que lhes foram apresentados”, porém afirma que há “possibilidades de melhorar algumas coisas na área da agricultura”.
“Acho que seria muito interessante repormos até 100 mil euros os 85 por cento porque da parte da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital há disponibilidade para apoiar estas pessoas nos 15 por cento que faltam”, afirmou, realçando que o povo oliveirense “sofreu muito”.
“Esta pequena melhoria na agricultura seria substancial e seria um grande sinal de esperança para todos”, rematou José Carlos Alexandrino.