O Ministério da Saúde vai colocar dois médicos no Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, permitindo, ainda esta semana, a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) que se encontrava encerrado desde o dia 1 de janeiro.
A revelação foi feita pelo presidente da Câmara, José Carlos Alexandrino, que na passada sexta feira esteve reunido com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que lhe assegurou a contratação de dois clínicos novos para começar “a trabalhar de imediato” naquela unidade de saúde, adiantando também que a Administração Regional de Saúde do Centro irá abrir concurso, em abril, para a colocação de mais quatro médicos.
Elogiando a postura “altamente pragmática” do titular da pasta da saúde relativamente ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde em Oliveira do Hospital, Alexandrino não deixou de criticar o encerramento do SAP, no início deste ano, deixando um concelho que já estava “completamente arrasado, em termos psicológicos”, devido aos incêndios de 15 de outubro, ainda mais fragilizado, sem este serviço público.
O funcionamento do SAP já tinha sido reduzido, logo no início de novembro, apenas para horário diurno de segunda-feira a sexta-feira, tendo ficado o hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz com as urgências noturnas, fins de semana e feriados. Com a colocação destes dois médicos, o Centro de Saúde volta a poder assegurar o SAP, de segunda a sexta-feira, entre as 08:00 e as 20 horas. “Embora não seja o ideal, o problema ficará resolvido esta semana” , admite o autarca, que continua a clamar por um verdadeiro serviço de urgências no seu concelho. Alexandrino lembra que o que Oliveira vem tendo nos últimos anos “não são urgências”, mas um serviço de atendimento permanente “sem meios auxiliares de diagnóstico”.
Apesar de reconhecer o mal estar e a indignação que está instalada entre os utentes, que desde o inicio de janeiro, têm apenas disponível , durante o dia, consultas de intersubstituição no Centro de Saúde, Alexandrino voltou a criticar “outros” que no passado se silenciaram perante a criação de um serviço de urgências no concelho vizinho de Arganil , não reclamando a mesma valência para Oliveira do Hospital.
Prometendo não adotar a mesma postura, e continuar a lutar por umas verdadeiras urgências no concelho, José Carlos Alexandrino, também vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, lamentou que, nos últimos meses, tenham saído quatro médicos do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital e não tenham sido substituídos, deixando mais de 8 mil utentes sem médico de família.