Viriato Coelho foi vítima de gripe A.
O tesoureiro da Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira, Viriato Coelho, não resistiu ao vírus HN1, tendo falecido no hospital de S. João do Porto, um mês depois ter sido transferido de Coimbra para aquela unidade hospitalar para receber tratamentos supostamente mais “avançados” para a gripe A.
Viriato dos Santos Coelho tinha 46 anos, que completou já no hospital, e deixa dois filhos menores e a esposa, atualmente desempregada. O autarca encontrava-se internado há cerca de cinco semanas, tendo dado entrada, primeiramente, no Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, com um quadro de insuficiência respiratória grave, o que motivou a sua transferência imediata para os hospitais de Coimbra. Uma semana depois, o agravamento do seu estado clínico motivara a transferência do autarca para o S. João, onde “recebeu tratamentos mais sofisticados”, mas ainda assim sem sucesso. Cinco semanas depois o desfecho não podia ter sido mais trágico, com a confirmação da sua morte.
Particularmente consternado com as circunstâncias em que o colega de executivo perde a vida, o presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca, João Dinis, recorda Viriato Gouveia como um “homem bom e trabalhador”, que “fez vida exclusivamente á conta do seu suor”. “Faz-nos falta, faz falta à família, faz falta à Junta, faz falta à freguesia este vilafranquense”, afirma João Dinis que, apesar de lembrar que este desfecho “foi sendo anunciado”, pois “foram-nos dando conta de várias complicações que iam surgindo”, reservava a “esperança” de que o seu tesoureiro conseguisse vencer a batalha contra a gripe A, até porque era “um homem novo e robusto”. “A medicina pôs tudo à disposição quer em Coimbra, quer no Porto, infelizmente não foi possível salvá-lo” conta o presidente da Junta, que agora perde um “amigo” e um companheiro de executivo nos últimos 12 anos. “Era o terceiro mandato consecutivo que estávamos juntos, é evidente que durante este tempo se criam laços de amizade e de compreensão”, recorda João Dinis, para quem Viriato Coelho deixa “saudades” aos vilafranquenses, pelo “homem generoso e competente” que sempre foi.
Uma perda profunda que o autarca gostaria de ver “reparada” junto da família, pedindo desde já “solidariedade ativa” para com os filhos menores e a viúva, que tinham como único meio de sustento o trabalho do pai, que era mecânico de profissão, tendo uma pequena oficina no Ervedal da Beira.