Duas associações ambientalistas dos concelhos de Oliveira do Hospital e Nelas lançaram recentemente o apelo a várias entidades com responsabilidades na área do ambiente para a situação que se vive no rio Mondego , concretamente na zona das Caldas da Felgueira, onde é visível “a mortandade de peixes e outras espécies da fauna ripícola aí existente”, nomeadamente “peixes de maior porte (barbos) que se acumulam e que acabam asfixiados muito provavelmente por falta de oxigénio na água empoçada ou represada ou por detritos que se lhes acumulem nas guelras”.
O desastre ambiental assim descrito, tem como principal causa a seca prolongada que se viveu este ano e que reduziu muito os caudais e as reservas hídricas também na bacia do Rio Mondego. “Em consequência, a água praticamente deixou de ter corrente significativa e fica empoçada em trechos curtos e delimitados deste rio” referem, numa nota enviada também à comunicação social onde chamam a atenção para a necessidade de se “tomarem providências urgentes, antes que se precipite uma mortandade generalizada no rio”.
“É necessário fazer-se drenar águas em especial as represadas, para garantir a oxigenação e assegurar a desintoxicação acelerada das espécies de peixes e outras”, referem após uma visita expressamente feita para observar de perto este local – imediações da Ponte do Rio Mondego – Caldas da Felgueira – onde é “muito visível a elevada concentração de poluição a ponto de a água ficar espessa e escura, mesmo mal cheirosa”, denunciam. “É necessário combater com mais eficácia a poluição que dá cabo dos nossos rios”, concluem, apelando à drenagem das águas empoçadas, enquanto não houver um aumento significativo dos caudais em resultado da chuva.