Alexandrino não desiste de Centro Escolar na cidade e quer deslocar a ESTGOH para a Escola do Primeiro Ciclo.
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital não desiste de criar um centro escolar na cidade e avançou, ontem, pela primeira vez, com a ideia de adaptar a escola do primeiro ciclo de Oliveira para acolher a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, que se encontra a funcionar, desde que abriu, no edifício do antigo quartel dos bombeiros.
José Carlos Alexandrino falava na abertura do ano letivo, que, este ano, aconteceu, simbolicamente, na escola de Lourosa, onde executivo e responsáveis do Agrupamento de Escolas de Oliveira se deslocaram para dar as boas vindas às cerca de 30 crianças que ainda “resistem” neste estabelecimento de ensino.
Sem notícias de sobressaltos no arranque do novo ano escolar no concelho, o presidente da Câmara aproveitou para dar nota de alguns investimentos e projetos que tem em carteira na área da educação, adiantando aos jornalistas ter já inscrito no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Oliveira do Hospital uma verba de 400 mil euros, mas que segundo o edil “pode chegar aos 1,5 milhões de euros” para a criação de um centro escolar, no mesmo espaço físico da sede do Agrupamento de Escolas. “Não se percebe como é que Oliveira do Hospital não tem um centro escolar moderno e à altura da própria dinâmica da cidade e, por isso, nós no Plano Estratégico metemos uma verba para um novo centro escolar”, referiu o edil, lamentando a “falta de ambição” dos seus antecessores que não aproveitaram dinheiro do quadro comunitário para dotar a cidade desse equipamento.
Assumindo que sempre teve o sonho de fazer um centro escolar na cidade, Alexandrino garante que a ideia é fazer na sede do Agrupamento um campus escolar que concentre “todo o ensino” em Oliveira. “Acho que é possível construirmos um centro escolar que desloque todo o 1º ciclo para ficar tudo concentrado na mesma zona, até porque hoje já temos turmas do 4º ano a funcionar na sede do Agrupamento”, considera o autarca, lembrando que, apesar de ter sofrido obras de ampliação e remodelação num passado recente, a atual escola do 1º ciclo da cidade continua a não servir a população escolar, havendo crianças que continuam a não poder almoçar nas instalações por falta de espaço, para além de não estar dotada de um espaço para a prática da educação física.
Com verbas já negociadas ao nível do próximo quadro comunitário para este tipo de investimentos, o presidente da Câmara equaciona agora a ideia de transformar o complexo escolar do primeiro ciclo em sede da ESTGOH, pois além de ficar com a escola superior “no centro da cidade”, o edil garante não estarem reunidas as condições para se concretizar a construção de um edifício de raiz para a ESTGOH, que, tal como estava projetado, custaria em cerca de 3,5 milhões de euros. “Ainda bem que não fizemos a obra porque hoje seria mais um monstro para a cidade e assim com mais um milhão de euros é possível dotarmos a ESTGOH de novas e modernas instalações dentro da cidade”, entende Alexandrino lembrando que a escola, depois de alguns anos de turbulência, prepara-se para receber este ano cerca de 140 novos alunos ao abrigo de protocolos estabelecidos com outros países, nomeadamente Cabo Verde, de onde deverão chegar 110 alunos, e a Índia, que vai enviar 30 estudantes de mestrado para a ESTGOH.
Boas notícias em dia de abertura de ano letivo, dia ainda marcado pelo anúncio do presidente da Câmara de um investimento de cerca de seis mil euros na substituição de material informático para um conjunto de escolas e jardins de infância do concelho. Ao todo, o Município conta gastar novamente este ano com a educação 1,2 milhões de euros, continuando a ser a área que absorve a maior fatia do orçamento municipal.