Alguns anos depois do arranque da obra, vários impasses pelo caminho e muita “energia gasta”, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo garante que a empreitada da Casa da Cultura está formalmente concluída, devendo abrir ao público a “breve trecho”.
O autarca respondia assim à vereadora da coligação PSD/CDS-PP, Sandra Fidalgo, que na reunião pública camarária, voltou a questionar o executivo em permanência sobre o estado em que se encontra o processo, pedindo, nomeadamente, mais informação sobre um “espaço que é dos oliveirenses”, pelo que, “temos o dever de dar resposta às pessoas que nos abordam”.
“Vê-se que a obra não está parada, vê-se alguma, mas pouca movimentação”, observou a vereadora da oposição, pedindo mais informações sobre os trabalhos, tendo em conta um ajuste direto recente, no montante de 39 mil euros, para reparações diversas. “Parece que estamos sempre a falar do mesmo, mas é um assunto que gostávamos de ter mais informação”, referiu.
Em resposta, o presidente do Municipio explicou que os 39 mil euros vão servir essencialmente para a pintura do exterior do edifício, que apresenta já “alguns sinais do tempo”. José Francisco Rolo não escondeu que este foi um processo complexo, desafiante, no qual “gastámos muita energia”, mas que a “breve trecho” estará concluído.
“O importante agora é que aquele equipamento seja aberto e tenha ocupação, e que seja um espaço de dinamização da vida cívica e cultural do concelho”, garantiu, lembrando que o equipamento tem sido alvo de vistorias diversas por parte das entidades competentes, faltando apenas a vistoria da Direção Geral de Artes e Espetáculos para validar as condições de segurança do espaço, mas que entretanto já está agendada. “Estamos a planear a sua abertura em breve”, adiantou o edil, sem apontar datas, embora tudo indique que a inauguração oficial possa só acontecer depois do verão, por ocasião do feriado municipal, no dia 7 de outubro.
Sobre esta matéria, o vereador da oposição, Francisco Rodrigues afirmou ainda que ficará “muito feliz” quando a Casa da Cultura abrir, lembrando, contudo que a sua abertura não apaga “os problemas legais com a empreitada” que vai querer ver esclarecidos. Ao que o presidente do Município respondeu estar de “consciência perfeitamente tranquila”, garantindo que todas decisões tomadas foram suportadas em “pareceres jurídicos”.