O mestre da Filarmónica e da Tuna de Avô, Luís Ricardo Gonçalves, apela à população de Oliveira do Hospital e de Arganil, para ajudarem a salvar a vida da filha de dois anos e meio, que precisa de um transplante da medula óssea para sobreviver.
A Luna encontra-se internada desde maio, na oncologia do Hospital Pediátrico de Coimbra, com uma leucemia que lhe reincidiu, depois de lhe ter sido detetada aos 10 meses de vida. A doença, que parecia dar sinais de estar adormecida, voltou a manifestar-se nos últimos meses, obrigando a menina a um novo internamento e a novos ciclos de tratamento de quimioterapia que têm apenas um efeito paliativo.
“A única possibilidade que há é mesmo o transplante, é a nossa luta, é aquilo que precisamos realmente neste momento”, apela o pai que conseguiu que o Instituto Português do Sangue de Coimbra marcasse, na próxima semana, duas colheitas de sangue na área de residência da menina em Oliveira do Hospital e Pomares (concelho de Arganil) para tentar encontrar um dador compatível, uma vez que na base de dados que existe em Portugal “não há”.
“Sabemos que é muito difícil, que a probabilidade é de 1 para um milhão, mas não podemos desistir, temos de sensibilizar o maior número de pessoas para dar sangue”, exorta, lembrando que esta é a única forma de “salvar a Luna”. “A minha filha neste momento está bem, mas os médicos já nos disseram que o transplante da medula óssea é o único tratamento eficaz, sem isso é muito complicado”, afirma, pedindo à população destes dois concelhos, com idades entre os 18 e os 45 anos, para se solidarizarem com o seu sofrimento e ajudarem a Luna a sobreviver à leucemia que lhe foi detetada ainda em bebé.
“Aparentemente a minha filha terá nascido saudável, só começámos a estranhar algumas coisas aos 7/ 8 meses, altura em que fomos ao hospital várias vezes, até lhe ser detetada a doença”. “Na altura, em 2019, esteve internada 5 meses, ficou estável e veio para casa. Passado um ano e meio, a leucemia reincidiu e a única hipótese é o transplante” relata Luis Ricardo, que quer acreditar que, tal como aconteceu com o filho do conhecido jogador de futebol oliveirense, Carlos Martins, também ele e a mulher vão conseguir encontrar um dador compatível para a Luna.
“Neste momento não precisamos de mais nada, só precisamos de um dador compatível”, diz o pai da menina, que trabalha numa empresa de distribuição de gás em Oliveira do Hospital para assegurar o único ordenado que entra em casa, já que a mãe teve de deixar de trabalhar para acompanhar a pequena Luna, de dois anos e meio.
“Não é fácil, mas a nossa luta é encontrar um dador, não é mais nada”, faz notar o jovem pai, lembrando que no dia 28 de julho, está já marcada uma colheita nos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital e no dia 31, em Pomares, na sede da Junta de Freguesia.
Qualquer pessoa que queira ser dador pode também dirigir-se ao IPS em Coimbra para fazer a respetiva colheita.