É fácil ser o número um, depois de nos últimos 12 anos ter sido a segunda figura da governação autárquica liderada pelo prof. José Carlos Alexandrino?
É uma grande responsabilidade que assumo com normalidade, com firmeza e com disponibilidade, portanto sinto-me confortável nesse papel. Mas começaria por saudar, a partir da Biblioteca Municipal, um equipamento que o executivo de que fiz parte concluiu e que integra uma rede de excelência de bibliotecas municipais e saudar o excelente trabalho – este equipamento fez este ano 10 anos- e a grande qualidade dos seus colaboradores.
Por isso, sinto-me assumidamente preparado, 12 anos de trabalho como vice presidente da Câmara, junto do presidente José Carlos Alexandrino, 12 anos de proximidade aos cidadão, 12 anos a fazer atendimentos, 12 anos a ir ao encontro das empresas e dos empresários, 12 anos a ir ao encontro das coletividades, das instituições, 12 anos a ir a Lisboa a ir a Coimbra, 12 anos a trabalhar com as instituições que gerem financiamentos e com quem é necessário dialogar, acho que me preparam para assumir esta responsabilidade, na qual me sinto firme, de forma responsável e numa lógica de serviço público, servir os verdadeiros interesses de Oliveira do Hospital.
Essa é a minha missão e essa preparação conseguiu-se com 12 anos de trabalho próximos de um presidente de Câmara que é uma marca de mudança de paradigma político de Oliveira do Hospital, a emergência de uma política de proximidade, próxima dos cidadãos, das empresas, das instituições, é a marca de uma política de reivindicação e de defesa. E aprendi e estive lá sempre, na linha da frente, e mais: os outros oito anos na oposição ensinaram-me um aspeto fundamental- uma postura de responsabilidade e de equilíbrio que é essencial para governar um município e os desafios que se deparam.
O seu principal adversário nestas eleições afirmou numa entrevista que nos concedeu que não reconhecia competência ao José Francisco Rolo para ser presidente da Câmara. Como é que comenta estas afirmações?
Não reconheço capacidade ao candidato da Coligação PSD/CDS-PP para passar atestados de competência ou incompetência a quem quer que seja. Eu recomendar-lhe-ia mais humildade e menos arrogância e que olhasse mais para ele, para o perfil dele e para o percurso de vida dele, antes de avaliar os outros. Mas quero dizer sobre as minhas capacidades: trabalhei durante 13 anos numa entidade gestora de fundos comunitários que investiu milhares de euros neste território, composto por cinco municípios.
Sou presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede das Aldeias de Montanha, nove municípios, faço parte do conselho de gestão do Prover Inature, faço parte do conselho de gestão do Prover Aldeias de Xisto, creio que estes exemplos a que se soma um conjunto de instituições onde sou líder e onde tenho funções de coordenação ou presidência, demonstram a minha capacidade de liderança e preparação para gerir os desafios do Município de Oliveira do Hospital. Eu não sei e tenho dúvidas que o perfil do candidato do PSD/CDS seja o perfil adequado para aquilo que são as exigências e os desafios do Município de Oliveira do Hospital.
Porque é que diz isso?
Porquê, porque um candidato que avançou para estas eleições prometendo uma campanha limpa, equilibrada e moderada, tem vindo a arrastar nomes para a lama, a puxar a campanha para a lama. O candidato do PSD/CDS-PP dá nomes e desvaloriza tudo e todos, numa atitude de prepotência, de arrogância e de auto elogio, põe-se na estratosfera. Ele é o maior e desvaloriza todos. Repare: ele trabalhou sobre a asa, a proteção do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que o reabilitou do ponto de vista social e do ponto de vista profissional, como seu adjunto, como seu secretário, que o elevou de assistente técnico para chefe da equipa multidisciplinar e ao fim de 12 anos em que trabalhou com o prof. José Carlos Alexandrino, numa atitude de deslealdade, de boicote, sabota a atividade da Câmara Municipal e depois disto tudo ainda tem a desfaçatez, a arrogância, a vaidade de chamar um presidente próximo das pessoas de D. Corleone. Isto é fazer campanha positiva, campanha moderada ou é arrastar a campanha para o insulto baixo, de baixo nível?
As pessoas penalizam quem insulta, penalizam quem ataca sem provas, e sem ter qualquer argumento. Tratar quem nos protegeu, quem protegeu o dr. Francisco Rodrigues durante 12 anos, quem lhe deu tarefas técnicas e depois a resposta foi chamar o presidente da Câmara D. Corleone, esta pessoa, do ponto de vista do perfil para presidente da Câmara, é desqualificada.
Chama-se isto cuspir no prato onde se comeu. Por isso, repito aqui aquilo que já uma vez disse a um órgão de comunicação social, aquilo que andou a acompanhar o presidente da Câmara durante estes anos todos foi um judas. É esse o candidato do PSD, alguém que andou 12 anos sobre a alçada do presidente da Câmara, que lhe deu tarefas, que lhe deu funções eminentemente técnicas, e depois na primeira oportunidade, por vaidade, por ambição pessoal, por arrogância, lhe espeta uma faca nas costas e lhe faz o ataque soez, de baixo nível que fez.
“O Nuno Filipe Oliveira é o número dois da Câmara Municipal, eu não vou antecipar neste momento cenários sobre o formato final do executivo. Naturalmente que o Nuno Filipe é o número dois da lista à Câmara Municipal, está preparado para todas as funções que lhe forem atribuídas. Naturalmente que tenho a noção exata do seguinte: temos, em comparação com a Coligação, uma equipa com provas dadas, uma equipa com experiência acumulada, uma equipa reforçada, uma equipa renovada”.
A transferência de Nuno Oliveira para candidato e para o segundo lugar da lista à Câmara Municipal foi uma escolha sua ou foi-lhe imposto esse nome?
A vinda do Nuno Oliveira enquadra-se numa entrevista que dei ao Folha do Centro, onde dizia que iria ter uma equipa renovada e reforçada. Eu aceitei, após convite do PS para ser candidato à Câmara Municipal, aceitei, dizendo que queria escolher a minha equipa. E a minha equipa assenta em dois pilares de estabilidade e experiência. Uma equipa de continuidade onde podia contar com o desempenho do prof. Nuno Ribeiro, da profª Graça Silva, da sua experiência, do seu trabalho, da sua proximidade às pessoas, das provas dadas que têm.
E também sabia que podia contar com o Nuno Filipe Oliveira que fez três excelentes mandatos de referência, dois como presidente da Junta de OH, e um como presidente da União das Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços. Nós sabíamos que o Nuno Oliveira acabaria por vir para o projeto autárquico da Câmara Municipal.
Para número dois da equipa?
Sim, foi essa a escolha e foi essa a escolha que levei na lista apresentada à Comissão Política Concelhia (CPC). Foi essa lista que eu apresentei. Ninguém me impôs, ninguém me obrigou a levar o nome do Nuno Filipe Oliveira. Eu debati os nomes com a equipa e apresentei-os à CPC e os nomes foram aprovados. Isso dá-me muito conforto, assim como me dá conforto ter um substituto do Nuno Oliveira que é o José Manuel Matias, que é um homem empenhadíssimo a substituí-lo na função de candidato e futuro presidente da União das Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços.
José Manuel Matias irá dar continuidade a um grande trabalho de proximidade, de excelência, de dar identidade e força à União de Freguesias. Homem ligado ao associativismo, com provas dadas, um homem que esteve sempre nesta vida de forma desinteressada. Esteve em tudo: esteve no hóquei em patins, esteve no clube de caça e pesca, um homem que tem condições de excelência fazer um trabalho fantástico na União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio e Gramaços, em articulação com a Câmara Municipal que temos a força e a determinação para vencer.
Se vencer estas eleições autárquicas, será ele o vice presidente da Câmara?
O Nuno Filipe Oliveira é o número dois da Câmara Municipal, eu não vou antecipar neste momento cenários sobre o formato final do executivo. Naturalmente que o Nuno Filipe é o número dois da lista à Câmara Municipal, está preparado para todas as funções que lhe forem atribuídas. Naturalmente que tenho a noção exata do seguinte: temos, em comparação com a Coligação, uma equipa com provas dadas, uma equipa com experiência acumulada, uma equipa reforçada, uma equipa renovada.
O José Francisco Rolo com 20 anos de atividade autárquica, com 12 anos como vice presidente da Câmara Municipal e líder de uma serie de projetos, o Nuno Oliveira com um trabalho de excelência em Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços, a Graça Silva com um trabalho fantástico aqui demonstrado na qualidade da rede das nossas bibliotecas, por exemplo, na área da educação, etc, na área do associativismo onde está com o prof. Nuno Ribeiro, onde têm feito um trabalho de grande criatividade e dinamismo, com o prof. Daniel Costa, uma pessoa que durante anos e anos coordenou o gabinete de apoio às freguesias, que dirige uma escola que é possivelmente das três melhores escolas profissionais do país, mais a eng. Madalena Mendes, uma engenheira civil do vale do Alva, uma pessoa conhecedora, uma pessoa empenhada, portanto do ponto de vista da equipa tenho uma equipa de excelência para ganharmos a Câmara Municipal e acima de tudo fazermos um grande trabalho em prol da comunidade de Oliveira do Hospital, do conjunto das freguesias, dos vários setores, seja o setor empresarial, seja o setor social, seja o associativismo, seja o desporto, temos gente preparada, capaz e determinada.
Em termos de obras, o executivo deu a conhecer nas últimas semanas um volume de investimento na ordem dos 15 milhões de euros, concentrados sobretudo em obras na cidade e nalgumas freguesias. Este volume de obras terá ou não um forte impacto nas contas do Município nos próximos anos, como foi dito pelo seu adversário numa entrevista à Centro TV/ Folha do Centro?
Eu não vim a uma entrevista para comentar a entrevista do candidato do PSD/CDS… há uma coisa importante que o candidato do PSD/CDS devia saber, é que não é propriamente grande autoridade em termos financeiros. Não é grande autoridade, nem lhe são reconhecidas grandes competências para ter essa autoridade. Até lhe posso dizer que a substituição do atual candidato do PSD/CDS nas funções que antes desempenhava na equipa multidisciplinar, a sua substituição por uma equipa reforçada, por uma equipa diferente, até tem produzido melhores resultados na realização de pedidos de pagamento e na angariação de receitas para a Câmara Municipal.
E também vir dizer o que veio dizer publicamente, basicamente andou a manipular números para enganar os cidadãos, para se desviar da verdade porque, por exemplo, Oliveira do Hospital, ainda há uma/ duas semanas atingiu um pico de disponibilidades financeiras que estão demonstradas nos documentos da Câmara Municipal que contrariam esses números que o candidato do PSD/CDS veio manipular para enganar os oliveirenses. E na política tem que haver verdade, não pode ser do engano, da manipulação das consciências, e é essa que tem sido a postura do candidato do PSD/CDS, a postura de puxar a política para baixo, levá-la para o insulto e para a manipulação.
Nesse conjunto de obras, nunca esteve incluído o projeto da nova Escola Superior de Tecnologia e Gestão. Se for eleito, o que é que pretende fazer, considera que a solução para a ESTGOH passa mesmo pela atual escola do 1º ciclo?
A ESTGOH é demasiado importante para ser colocada num fogo cruzado de combate político. A ESTGOH nunca pode ser politizada e muito menos partidarizada. É importante que isto seja dito. E mais: a ESTGOH, neste momento, a solução das novas instalações estão a ser trabalhadas com o IPC, com o Ministério da Coesão Territorial e com o Ministério do Ensino Superior. Aliás, há meses atrás houve uma visita às instalações da ESTGOH onde foi feito um acordo com vários responsáveis e a solução será trabalhada com a entidade de que a ESTGOH faz parte que é o Instituto Politécnico de Coimbra e neste momento há conversas bastante desenvolvidas com o Sr. Prof. Jorge Conde relativamente à ESTGOH. Mas é preciso dizer uma coisa importante.
É preciso ter memória de quem defendeu a ESTGOH e quem garantiu que a ESTGOH hoje esteja em Oliveira do Hospital. Eu recordo, uma primeira página de um jornal de referência da região, onde este homem (José Carlos Alexandrino) e todos aqueles que ele aliou a esta grande luta e impediram o fecho da ESTGOH, que como aqui diz (na capa do jornal da altura) “é um ataque ao interior do país”.
Este trabalho foi feito pelo José Carlos Alexandrino, pelo José Francisco Rolo, onde fomos de escola em escola em Coimbra para justificar a importância e o futuro da ESTGOH e sabemos quem é que se bateu em Lisboa, quem é que se bateu em Coimbra para segurar a escola. É precisamente relembrar um grande homem deste país, uma grande figura deste país que foi dos primeiros a dizer que esta escola não é para mexer, esta escola é para proteger. E foram essas as indicações políticas que foram dadas para proteger a ESTGOH.
Quer dizer que se não fosse essa pressão política, a ESTGOH tinha mesmo fechado?
Aquilo que estou a dizer é que num momento que todos conhecemos enquanto cidadãos, enquanto políticos, enquanto jornalistas, em que houve retirada de alunos, em que houve esvaziamento de cursos, em que houve retirada de financiamento, e houve responsáveis por isso.
Quem foram?
Toda a gente sabe quem foram e as opções políticas e quando é que isso foi feito. E sabemos quem é que esteve na linha da frente no combate da defesa da ESTGOH. Está aqui (no jornal) e foi assumido com muita coragem por um homem chamado José Carlos Alexandrino. E eu acompanhei-o neste processo. Felizmente ultrapassámos esta fase, felizmente que hoje a escola cresce em número de alunos, tem 300 novos alunos por ano e felizmente, depois de a termos salvo de uma tentativa de encerramento ou de esvaziamento, hoje podemos estar a discutir as novas instalações da escola. E temos hoje condições para junto da Tutela, junto da entidade do IPC, construir a solução em conjunto. E temos os aliados adequados para encontrar a solução para a ESTGOH. E essas instalações serão para valorizar a cidade de Oliveira do Hospital, porque é importante que a escola fique na cidade de OH, no coração da cidade.
Agora, as soluções constroem-se com gente, com projetos de qualidade, com projetos que incorporem aquilo que é uma escola superior moderna, atrativa, criativa para os alunos, que dê vida à cidade, que dê vida ao comércio, que dê vida aos serviços, uma escola que seja uma parte viva numa cidade que se quer viva e ativa, porque os estudantes são uma parte importante da dinâmica da cidade. E nessa linha, estaremos na linha da frente.
“Tratar quem nos protegeu, quem protegeu o dr. Francisco Rodrigues durante 12 anos, quem lhe deu tarefas técnicas e depois a resposta foi chamar o presidente da Câmara D. Corleone, esta pessoa, do ponto de vista do perfil para presidente da Câmara, é desqualificada. Chama-se isto cuspir no prato onde se comeu. Por isso, repito aqui aquilo que já uma vez disse a um órgão de comunicação social, aquilo que andou a acompanhar o presidente da Câmara durante estes anos todos foi um judas”.
Relativamente à Zona Industrial da cidade o projeto de expansão está só agora a avançar. Não é demasiado tempo para quem quer investir aqui, estar à espera há tantos anos de um lote de terreno?
A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e o seu presidente sempre geriu o processo da zona industrial com muita transparência, com muita lisura e com toda a legalidade. Infelizmente, a zona industrial teve durante algum tempo a coordenação do atual candidato do PSD/CDS e o seu desempenho está longe de ser brilhante, até o deve envergonhar do ponto de vista daquilo que foi o seu trabalho. Objetivamente não só nesse caso, como noutros, claramente boicotou alguns investimentos.
Agora a zona industrial vai na sua segunda expansão. É um projeto ambicioso e é um projeto que a dada altura esbarrou na necessidade de expropriar terrenos. Essa expropriação teve de ser feita, acautelada a questão legal da expropriação não fazemos as coisas porque nos apetece. As coisas têm de ser feitas de forma legal. Neste momento o apelo que já foi feito à empresa é para retomar os trabalhos, a empresa interrompeu os trabalhos, teve de ir fazer outros trabalhos de empreitada que tinha compromisso e temos a expetativa que os trabalhos sejam retomados o mais rapidamente, no interesse de todos, para que os lotes sejam atribuídos às empresas.
Os lotes servem para investimentos de Oliveira do Hospital, para quem queira investir em Oliveira do Hospital, e porque não estamos parados, no âmbito do PRR no setor empresarial estamos a trabalhar em dois projetos, na criação de uma comunidade energética na zona industrial, na criação de um parque fotovoltaico para dar competitividade e baixar os custos energéticos de quem se instalar na zona industrial, com posto de carregamento de hidrogénio, portanto, temos uma candidatura para dar competitividade e valorizar a zona industrial, da mesma forma que lá metemos o projeto do gás natural que erradia para a zona industrial e para toda a cidade.
E estamos a desenvolver um outro projeto para instalar em Oliveira do Hospital um centro de excelência na área do têxtil, no âmbito também do PRR, para valorizar este setor. Projetos esses que já foram discutidos com os empresários do setor têxtil de Oliveira do Hospital.
Concluo dizendo que a área do desenvolvimento económico e empresarial é o pilar prioritário do nosso programa eleitoral e da ambição para os próximos quatro anos. Nós temos o polo industrial da Cordinha preparado para acolher já a totalidade das empresas para a disponibilidade de lotes que existem, apesar do boicote que houve à instalação de uma empresa por parte do candidato do PSD/CDS. E é evidente esse boicote, demonstrado pelo próprio empresário que o denunciou publicamente. Mas vamos avançar com esses investimentos no polo industrial da Cordinha, e pensar já num polo industrial da Cordinha ampliado e também assumir, no nosso programa, que precisamos de criar uma nova área de localização de atividades económicas na freguesia e Nogueira do Cravo.
Portanto a área do desenvolvimento económico por via do desenvolvimento empresarial para fixar empresas, para atrair novas empresas e a criação de novos postos de trabalho será uma prioridade e será um empenho a 100% deste executivo. Neste momento, em carteira, o Município de Oliveira do Hospital dispõe de mais de 10 milhões de projetos de investimento em vários setores, na área da inovação, na área alimentar, na área das madeiras, dos novos produtos de embalagem, setores importantíssimos que vão diversificar e dar força ao concelho de Oliveira do hospital e às suas zonas industriais, com oportunidade de fixar mão de obra, atrair mão de obra e fixar populações no concelho. Este é um grande desafio no qual estamos 100% empenhados.
E o IC6 que era uma bandeira política do PS há 12 anos continua por concluir nesta zona. Tem havido falta de vontade política para a sua concretização?
O IC6 já devia estar construído há 30 anos atrás, mas há uma coisa que eu tenho a certeza: tem havido uma aguerrida vontade política do executivo liderado pelo prof. José Carlos Alexandrino para que o IC6 seja uma realidade. O IC6 está assumido numa resolução do Conselho de Ministros com dotação financeira, tem projeto de execução a ser elaborado.
Mas isso já vem tendo nos últimos anos, projetos e promessas de financiamento…
Mas não há obras sem projetos, como sabe, e o IC6 nunca teve nenhum projeto de execução, antes nunca tinha sido elaborado. E não há obras sem financiamento. O Governo assumiu um compromisso de alocar verbas à construção do IC6 e mandou executar, através das Estradas de Portugal, o projeto. São bons sinais. Este esforço, esta luta deve-se a um homem chamado José Carlos Alexandrino e eu conheço as demarches feitas em várias frentes. Nas Estradas de Portugal, na Secretaria de Estado das Obras Públicas, junto do Primeiro Ministro, esta luta é uma luta muito deste executivo e tem um nome: José Carlos Alexandrino que liderou, e toda a gente sabe, este processo.
O IC6 vai ser uma realidade e muito se deve ao José Carlos Alexandrino. Este dossiê vai ser vigiado permanentemente por mim, eleito presidente da Câmara, numa lógica de envolvimento da região, dos parceiros da região – entenda-se Tábua, Seia e Gouveia – porque felizmente também iniciámos uma nova cultura de relação com as Câmaras Municipais com que trabalhamos em parceria, este projeto vai ser acompanhado permanentemente junto de quem tem obrigação de o concretizar. Esse é um compromisso que fica aqui assumido publicamente.
Quero que seja mais que uma bandeira, quero que sejam máquinas no terreno, quero que seja obra física no terreno e descansarei no dia em que passar o primeiro carro no IC6 totalmente concluído. Esse vai ser o nosso empenho e a nossa dedicação. Essa vai ser a nossa vigilância sobre este projeto. Esta região está há 30 anos à espera do IC6 e o que está feito, toda a gente sabe quem é que o fez.
Depois de um mandato marcado por algumas mudanças na área aa saúde o que é que pretende fazer implementar de novo neste setor?
Um mandato que começou com o maior incêndio de sempre e que terminou com a maior pandemia do século. Um mandato muito marcado e muito marcante enquanto autarcas, foi um mandato de grande dificuldade, mas sempre próximo das pessoas. Até as respostas na área da saúde. Finalmente conseguimos, com muita reivindicação junto do Ministério da Saúde, recompor o quadro de médicos de Oliveira do Hospital e precisamos das extensões de saúde abertas, para que os doentes deixem de estar aglomerados.
Conquistámos também uma segunda unidade móvel de saúde para levar cuidados de enfermagem, que agora vão ser reforçados, a aproximar a saúde das populações. E precisamos de dar continuidade e convencer a tutela a criar um serviço de urgência básico, devidamente dotado em Oliveira do Hospital.
Mas queremos também aumentar a proteção das pessoas e das famílias, melhorar e reforçar o programa de compra de medicamentos, queremos e porque vivemos um problema demográfico – e vivemos não só em Oliveira do Hospital, vive Portugal e a Europa – queremos reforçar e ampliar o programa de incentivo à natalidade. Este é um compromisso, queremos reforçar este programa, para que mais pessoas possa ter mais apoios. Vamos também lançar um programa de alimentação saudável com o lanche saudável gratuito para todos os alunos do pré escolar. São grandes medidas, são um grande incentivo.
Vamos também aprovar a redução da taxa de IMI e vamos assumir que queremos ao longo do mandato baixar para o valor mínimo de 0,30. E naturalmente manter aquilo que é a marca distintiva dos nossos mandatos que é um ter um Município próximo dos cidadãos, onde as pessoas continuem a nossa prioridade. É um programa muito ambicioso.
É um programa com uma forte matriz social …
Com uma matriz de desenvolvimento económico e de proteção às pessoas e às famílias. O que queremos aqui é mais crescimento, é mais emprego, mais proteção e mais valorização das pessoas. Queremos fazer gente feliz a viver em Oliveira do Hospital e fazer de Oliveira do Hospital um concelho feliz, com vida, com pulsar, com diversidade em todas as áreas.
Que resultado é que espera alcançar no próximo dia 26, acha que vai conseguir o 6-1 conquistado pelo Prof. José Carlos Alexandrino?
Essa questão é a questão que anda por aí. O prof. José Carlos Alexandrino, pelo seu perfil, pela sua forma de estar, é um político de exceção e teve resultados fantásticos, excecionais, extraordinários. Gostaríamos de alcançar um resultado desses, agora batemo-nos para ganhar com maioria absoluta. Queremos governar a Câmara, e é bom que os cidadãos entendam que a Câmara não pode andar em guerras políticas, a Câmara Municipal tem de ser gerida com estabilidade e com capacidade de ser gerida com estabilidade política. Portanto, o nosso fito é claramente ganhar com maioria absoluta. Mas também nós temos os nossos estudos de opinião sobre aquilo que poderão ser os nossos resultados, temos a perceção daquilo que ouvimos junto dos cidadãos e da força que nos é transmitida, sabemos aquilo que os cidadãos nos dizem, mas também sabemos que – e a comunicação social também deve saber – que a Coligação tem um estudo de opinião que nos dá uma clara vitória nas eleições autárquicas de 26 de setembro.
Estamos a trabalhar para vencer e para vencer com maioria absoluta e há indícios, a oposição tem estudos de opinião que nos dão uma clara vitória nas eleições do próximo dia 26. Queria acrescentar que a escolha que está em causa é uma escolha simples, é entre uma equipa experiente com provas dadas e capacitadas e também perguntar aos cidadãos de Oliveira do Hospital se querem ter à frente da Câmara alguém com o perfil do candidato do PSD/CDS, se querem ter uma pessoa que não foi leal, que boicotou, que foi um judas ou se querem ter gente com experiência, gente de trabalho que 365 dias se dedicam a uma missão de servir, não aparecemos agora para ser candidatos, andamos há anos e anos na linha da frente, próximos das pessoas e das instituições.