Em 2022, Oliveira do Hospital vai ter um campus educativo do melhor que existe na região. A convicção é do arquiteto responsável pelo projeto, Carlos Santos, mas acima de tudo do executivo liderado por José Carlos Alexandrino que, como recordou na assinatura do auto de consignação da obra, “acreditou nele” e arranjou financiamento para a sua concretização.
A obra que, representa o maior investimento municipal de sempre – cerca de 6,5 milhões de euros, foi entregue à empresa Fonseca e Fonseca que vai ter agora a responsabilidade de pôr de pé a escola do futuro em Oliveira do Hospital. Uma escola que, como fez notar o presidente da Câmara, se quer “moderna” e onde “os nossos alunos tenham todos as melhores condições de aprendizagem”.
Feita maioritariamente com financiamento comunitário, o autarca não deixou de lembrar a comparticipação municipal que representa um esforço na ordem dos dois milhões de euros. Alexandrino agradeceu também à família Homem de Melo, ali representada por Miguel Homem de Melo, que vendeu por um preço “quase simbólico” os terrenos em frente à sede do Agrupamento de Escolas (AEOH) para a construção deste novo pólo educativo, que tem também o “mérito” de devolver uma nova centralidade à cidade de Oliveira do Hospital, planeando o seu crescimento como “nunca ninguém tinha antes feito”. “Se não fossem vós, se não fosse a vossa disponibilidade, não havia possibilidade de fazermos esta obra” reconheceu, lembrando que o futuro campus educativo vai finalmente conseguir unir o primeiro ciclo aos restantes ciclos de ensino do AEOH à semelhança do “modelo americano”, conseguindo ainda resolver outro problema que são as instalações da ESTGOH, cuja ideia é passarem futuramente para o edifício da atual EB1.
“Isto não são teorias, são constatação de factos. Temos hoje uma escola superior que não tem as melhores condições. Há a possibilidade de converterem aquela escola do primeiro ciclo numa escola superior, com a vantagem de termos uma escola com mais de 600 alunos dentro da própria cidade, em vez de a estarmos a afastar para as freguesias, que dará vida à cidade”, acrescentou desde logo o autarca, que com o novo centro educativo “conseguiu que pela primeira vez planeássemos a cidade como um todo”.
“Apresentarei brevemente numa Assembleia Municipal aos eleitos locais o projeto porque estamos ainda em negociações com os terrenos para fazer a ligação à zona industrial, mas pela primeira vez temos a planificação do crescimento da cidade num horizonte de 30 anos, isto é, não planificamos para hoje”, referiu José Carlos Alexandrino, congratulando-se pelo facto deste concurso público ter sido ganho por uma empresa do concelho- a Fonseca e Fonseca, cujo fundador já faleceu (estando agora representado pelas filhas Verónica e Teresa Fonseca), mas que “esteja onde estiver está contente por ser a empresa dele que vai fazer a maior obra de sempre em Oliveira do Hospital, esse grande empresário que já nos deixou”.
Acreditando que está a deixar a cidade de Oliveira mais preparada para o futuro, não só com a construção de um moderno centro educativo, mas também pelas novas avenidas que estão projetadas nesta área da cidade, Alexandrino fez saber que já não vai ser na sua presidência que estas obras vão ser inauguradas, o que segundo afirmou não lhe retira “entusiasmo”, concluindo que “o importante é quem elas vão servir, não é a quem lá põe o nome na placa”. A fechar mais um dia “grande” para Oliveira do Hospital, o autarca voltou a agradecer aos proprietários dos terrenos pelo contributo que deram para que “aqui nasça um novo embrião da cidade”.