Novo presidente da Concelhia Centrista aposta na renovação do partido a nível local, prometendo um CDS ativo, interventivo e sem medo de “criticar” as políticas autárquicas.
O novo presidente da Concelhia de Oliveira do Hospital do CDS/PP, Nuno Alves, quer o partido a liderar a oposição no concelho, acreditando que a nova Comissão Política está “munida de pessoas e ideias” capazes de voltar a erguer o CDS e de o tornar no maior partido da oposição.
Nuno Alves falava durante a tomada de posse dos novos órgãos concelhios, sábado passado, que contou com a presença do eurodeputado Nuno Melo e do Secretário Geral do CDS, António Carlos Monteiro, momento que foi ainda aproveitado pela nova direção do partido para inaugurar a nova sede concelhia, um espaço também ele renovado, que põe fim a anos e anos de falta de condições de trabalho para este órgão político local. Um dia marcante para o CDS oliveirense não só pela mudança de sede, mas também pela mudança de líderes que prometem, a partir de agora, um partido unido e renovado, onde as pessoas “não percam o contacto” umas com as outras, sobretudo depois da disputa das batalhas eleitorais.
Sucessor de Maria José Falcão de Brito, que continua nos órgãos concelhios, como presidente da Assembleia de Secção, Nuno Alves deixou claros os objetivos da sua equipa para o concelho e para um partido que, contrariamente, ao que muitos anunciaram aquando das últimas eleições autárquicas, estava moribundo. “Para aqueles que disseram que o CDS estava à beira do fim, nós dizemos que o partido está vivo, de boa saúde e recomenda-se”, afirmou o novo líder local, apostado em revitalizar o partido com novos militantes e acima de tudo com uma nova forma de estar na política. “Queremos elevar o debate político assentando na linha positiva e construtiva, na linha do que foi a última campanha eleitoral, criticando quando tivermos de o fazer, sem medo, mas sem dizer mal só por dizer”, esclareceu Nuno Alves, prometendo “centrar” as forças do partido naquilo que considera “essencial para o desenvolvimento do concelho”.
E o essencial para o novo presidente da Concelhia Centrista “não é fazer tudo pelas pessoas”, afirmou, numa alusão ao slogan do atual executivo camarário socialista, mas “criar condições para que as pessoas possam ter tudo”. “Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o nosso concelho volte a ser um concelho atrativo para os investidores, para que crie emprego e que se fixem as populações”, referiu, prometendo ainda o “combate a um dos maiores flagelos do interior que é a desertificação”, considerando “imperativo” fixar população num concelho “onde por cada 10 pessoas que morrem nasce uma”, isto “para não falar daqueles que partem por falta de emprego”. Áreas como a agricultura, a floresta e o turismo foram ainda enunciadas pelo novo líder concelhio como potenciais “novos motores da economia local” se bem aproveitados e incentivados, julgando que “com menos dinheiro se pode fazer mais e melhor” pelo concelho. (leia mais na edição impressa)