As obras na EN17, no concelho de Oliveira do Hospital, têm provocado verdadeiras dores de cabeça e prejuízos aos condutores, em particular no troço conhecido por Reta da Salinha. O presidente da Junta de Freguesia de Nogueira do Cravo já se mostrou preocupado.
Na última reunião da Assembleia Municipal, Luís Nina denunciou o mau estado da via, questionando o presidente do Município se a obra estaria suspensa, dada a paragem dos trabalhos por ocasião do Natal e fim de ano. “Gostava de saber se o senhor presidente sabe o que se passa?”, Perguntou o Luís Nina, informando que, tal como está, o troço “apresenta risco para peões, automóveis e bens”. “Coloca em causa a integridade física das pessoas”, avisa o autarca de Nogueira do Cravo, considerando que “isto não deveria acontecer” tratando-se de “uma obra nova”. Luís Nina alertou ainda para “problemas de escoamento de águas junto à entrada de algumas propriedades” limites à EN17. “Há águas que se infiltram em propriedades e estabelecimentos”, referiu o autarca.
Logo a notar que “não há obras perfeitas”, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital também deu conta do seu desagrado pelo mau estado daquele troço, onde para além da intervenção no piso, decorrem trabalhos de saneamento num investimento da autarquia na ordem de um milhão de Euros. “Já reclamei para as Infraestruturas (de Portugal) e para o diretor da obra”, disse José Carlos Alexandrino, considerando de igual modo que a empresa responsável pela obra deixou “as coisas mal”. Segundo o autarca, a “obra não está suspensa” e a paragem dos trabalhos decorre das férias dos trabalhadores na época de Natal e Ano Novo.
Segundo comprovámos no local, a empresa responsável pela obra retomou, neste mês de janeiro, os trabalhos de beneficiação da via. Mantém-se, porém, o mau estado do piso, motivando várias queixas por parte dos utilizadores.
As obras na EN17, entre o IC6 e o limite com o concelho de Seia, arrancaram, no dia 31 de julho de 2017, numa intervenção estimada em 2,2 milhões de Euros. O prazo de execução é de nove meses.