Com 82 casos ativos de Covid-19 no concelho, esta sexta feira, (mais 19 que na última terça-feira), o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, volta a pedir cuidados redobrados aos oliveirenses para o concelho não passar para um nível mais elevado de risco de contágio e ter de “fechar” às portas do Natal.
O autarca, que confirmou ter um caso positivo no executivo e um outro num elemento da Câmara Municipal (a vereadora com o pelouro da floresta e o coordenador da Proteção Civil Municipal), voltou a apelar ao sentido de responsabilidade e à consciência da população no sentido de evitar os contactos sociais, nomeadamente se tiverem alguma suspeita de Covid-19.
“O apelo que queria deixar é de responsabilidade a todos os munícipes e a todos os que têm sintomas para entrarem imediatamente em isolamento, mesmo antes de confirmarem se têm Covid, isto para protegerem as pessoas que os rodeiam e para ajudarem a baixar estes números”, advertiu o edil, não escondendo a preocupação com alguns relatos que lhe vão chegando de pessoas que fizeram o teste rápido no hospital da FAAD e “deram positivo” mas, enquanto aguardam a confirmação do resultado com a realização do teste prescrito pelo SNS, continuam a “passear-se como se nada fosse”, num “ato de grande irresponsabilidade e inconsciência”.
“Parece-me que tem havido algum facillitismo” porque “aquilo que se tem verificado é que o resultado dos testes rápidos são sempre confirmados com os testes de zaragatoa e nesse espaço de tempo “se estiverem positivos, podem infetar outros” afirmou Alexandrino, mostrando-se cada vez mais apreensivo com os números da pandemia no concelho.
“Temos de rapidamente inverter esta cadeia de transmissão que grassa em Oliveira do Hospital, que eu nunca pensei que chegássemos a estes números”, confessou, temendo que os próximos dias o cenário possa ainda agravar-se mais, sob pena do concelho passar para um “escalão de risco ainda mais elevado”, havendo a “possibilidade do concelho ser fechado”. “É isto que não queremos que aconteça”, alertou o autarca, pedindo aos oliveirenses que tenham respeito pelas regras, nomeadamente o isolamento, à mínima suspeita de estarem infetados, porque o “vírus está na comunidade”.
Atualmente na lista de concelhos com risco elevado de contágio, Oliveira do Hospital corre assim sérios riscos de passar para um nível mais elevado de risco, e aí “haverá prejuízos nítidos para o nosso comércio e para as pessoas e é isso que queremos evitar”, avisou o edil, pedindo, mais um mais vez, cuidados redobrados às pessoas.
De acordo com a última comunicação do Município, o concelho conta agora com 82 casos ativos, 116 recuperados e cinco óbitos, sendo que há cinco pessoas internadas nos hospitais, duas delas a inspirarem mais cuidados.
Escolas afetadas
A evolução dos números da Covid-19 esta semana já tiveram consequências nas escolas do concelho. Na escola do 1º ciclo de Oliveira do Hospital, foi suspensa a atividade letiva de uma turma do primeiro ano, depois de terem sido confirmados dois casos positivos na turma.
Por força desta situação, e uma vez que as crianças frequentavam o ATL da Fundação Aurélio Amaro Diniz, esta IPSS decidiu suspender a atividade para os alunos do 1º ciclo.
O diretor do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, Carlos Carvalheira, em entrevista à Rádio Boa Nova, confirmou, desde o inicio do ano letivo, haver “entre 13 a 14 alunos, uma funcionária e uma professora” infetadas com Covid-19, deixando a garantia de ter estado sempre a acompanhar as situações de forma “calma” e “serena”.
Também a Eptoliva confirmou, ontem, numa informação à comunidade educativa, a decisão de suspender as aulas presenciais da turma de desporto do 1º ano, após a confirmação ontem de manhã de mais um caso positivo num aluno, somando agora três casos de Covid-19, na mesma turma.
A direção da Escola Profissional de Oliveira do Hospital e Tábua informa, ainda, que existe mais um caso positivo de Covid-19, de um aluno que se encontrava a realizar Formação em Contexto de Trabalho e, portanto, não tem estado no espaço escolar, e também de alguns alunos em isolamento por recomendação das autoridades de saúde.