Depois de ter sido dos primeiros municípios do país a mostrar disponibilidade para receber deslocados da guerra na Ucrânia, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital garantiu ontem, durante a reunião pública do executivo, ter condições para acolher no concelho, entre 50 a 60 refugiados, no imediato.
Reconhecendo que este é um processo dinâmico e em “andamento constante”, José Francisco Rolo adiantou que além do Centro de Acolhimento de Travanca de Lagos, existem entretanto mais três habitações disponibilizadas por cidadãos oliveirenses que se ofereceram para dar essa ajuda aos refugiados.
O autarca que deu nota da receção à primeira família refugiada da Ucrânia que chegou esta semana ao concelho, explicou que esta “foi acolhida em meio familiar, estando em casa de familiares que já residiam no concelho de Oliveira do Hospital”. “Neste momento a nossa preocupação foi proporcionar-lhe um ambiente de segurança, de serenidade e só depois iremos regularizar a sua situação administrativa”, afirmou o edil, sublinhando que a “família estava perfeitamente calma e equilibrada”.
Além da oferta de três casas de habitação, o presidente do Município congratulou-se ainda com a
a disponibilidade demonstrada por um médico local que se ofereceu para fazer o acompanhamento da saúde destas pessoas.
José Francisco Rolo adiantou também que o FCOH está a acolher, desde ontem, um menino vindo da Ucrânia, nos seus treinos de hóquei em patins, uma vez que a criança praticava uma modalidade parecida no seu país.
“Oliveira do Hospital é uma cidade de porta aberta para acolher aqueles que sofrem e são perseguidos”, concluiu o autarca, agradecendo desde já todas as dádivas ao povo ucraniano vindas dos oliveirenses.
Também o vereador do PSD, Francisco Rodrigues se associou à iniciativa do Município oliveirense quanto ao acolhimento de refugiados, dizendo mesmo que “não há nada que me faça vir aqui falar que não seja o deste conflito na Ucrânia” e de “repudiar de forma firme todos os actos de guerra perpetrados pela Rússia”.