A renovada Casa da Cultura César Oliveira abriu as portas para receber as comemorações do Feriado do Município, estando assim devolvido à cidade um dos espaços mais aguardados pelos oliveirenses.
Num longo discurso, na sessão solene comemorativa, onde exaltou e reconheceu os feitos dos oliveirenses, em particular os que ontem foram homenageados, o presidente do Município oliveirense, José Francisco Rolo, falou dos vários projetos e obras em curso no concelho que somam, nos últimos três anos, um investimento na ordem dos 23 milhões de euros. “O concelho está a atravessar um processo de modernização de que não há memória”, asseverou.
Aproveitando para pedir desculpas pelas “situações que correram menos bem” e que “impactaram negativamente a vida dos cidadãos”, o autarca mostrou, contudo, orgulho pela concretização de várias obras e equipamentos importantes, apontando nomeadamente para o novo Campus Educativo que “é do melhor que há no mundo” e para a requalificação da Zona Histórica “onde nunca ninguém ousou mexer” e que vai valorizar todo aquele edificado.
Um processo de modernização que inclui ainda a obra de requalificação do Centro de Saúde, que irá começar brevemente, as futuras instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH), cuja obra de construção da residência estudantes já arrancou, e a ampliação e qualificação energética da zona industrial, num investimento pioneiro que ascende a 7,5 milhões de euros, totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Obras a que o edil oliveirense somou ainda investimento no desagravamento fiscal das famílias, com a redução da taxa de IMI, com novos projectos na área da habitação a custos acessíveis e com o reforço do investimento nas freguesias.
Um “caminho de modernização” que, segundo Francisco Rolo, só fica completo com a concretização do IC6, cujo projeto de execução já se encontra em marcha. “O que pedimos é que este processo não sofra nenhum revés”, exortou, julgando que esta região não pode continuar “encravada”.
O presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, que viu o seu nome ser atribuído ao novo auditório da Casa da Cultura, falou do “sonho” que comandou a sua vida de autarca e que lhe permitiu lançar algumas obras como este equipamento que encerra uma nova visão da cultura para a cidade. Quanto à homenagem, Alexandrino entende que quem está no poder “faz aquilo que deve que é lutar pelo desenvolvimento do seu concelho”.
“Um caminho de crescimento pela frente”
Em representação da CIM Região de Coimbra, a autarca Helena Teodósio realçou, por sua vez, o “excelente trabalho” que tem vindo a ser desenvolvido pelo executivo liderado por José Francisco Rolo que se tem mesmo “destacado na região”. “Oliveira do Hospital é uma terra aprazível que tem crescido e tem um franco caminho de crescimento pela frente”, observou a autarca, dando nota da “ambição” deste executivo em “atingir patamares mais elevados de desenvolvimento”. A falar na nova Casa da Cultura, Helena Teodósio não tem dúvidas que este é “espaço maravilhoso” e que “vem contribuir para enriquecer a vida dos oliveirenses”.
Concelho com “estratégia”
A presidir às cerimónias do Dia do Município, esteve a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Coimbra (CCDRC), Isabel Damasceno, que acompanha há vários anos a execução de alguns dos projetos postos em marcha por este e pelo anterior executivo liderado por José Carlos Alexandrino, não tendo dúvidas em afirmar que este é um concelho “com estratégia” que vai apresentando os seus projetos numa “lógica de prioridades”.
A líder da CCDRC destacou mesmo a prioridade “assinalável” dada à educação nos vários níveis de ensino, aproveitando para deixar o compromisso de apoiar financeiramente a construção das futuras instalações da ESTGOH. Destacando a importância dos fundos comunitários na concretização destes projetos, Isabel Damasceno lembrou que Oliveira do Hospital tem estado “na linha da frente” da captação de verbas europeias nos vários
programas e continuou com o PRR, sendo um dos concelhos da região com mais dotação do Plano de Recuperação e Resiliência.
Referindo-se aos homenageados, a presidente da CCDRC entende que são uma “representação” da sociedade oliveirense e um conjunto de pessoas que, nas várias áreas onde se destacaram, deixam uma “marca” na sua terra.
Aos cidadãos e entidades distinguidos: Artur dos Santos Correia, José Carlos Nunes Mendes, José Manuel Ricardo Nunes Coelho, Luciano Lourenço, Lucinda Maria Cardoso de Brito, os Mestres Alfaiates, nas pessoas de Joaquim Mendes e Otávio Abrantes Maceirinhas e ao Grupo de Voluntariado Comunitário de Oliveira do Hospital da Liga Portuguesa Contra o cancro (Núcleo Regional do Centro) o presidente do Município expressou a sua “gratidão” por tudo o que “deram e continuam a dar em prol do nosso concelho”, agradecendo igualmente a
dedicação e o serviço ao “serviço do município” de dois ex-colaboradores da Câmara Municipal, agora aposentados, os engenheiros Fernando António Prata Durães e Manuel de Melo Cruz, que foram agraciados com a medalha de valor e dedicação municipal.
As cerimónias do feriado municipal foram ainda marcadas, como é habitual neste dia, pelo reconhecimento dos melhores alunos que frequentam o ensino secundário, profissional e superior no concelho:
- MELHOR ALUNA (10.oANO) – Ana Beatriz Ribeiro Fonseca – Ciências e Tecnologia – AEOH
- MELHOR ALUNO (11.oANO) – Rodrigo Miguel Fernandes Neves – Ciências e Tecnologias) AEOH
- MELHOR ALUNA (12.o ANO) – Mafalda dos Santos Correia – Ciências Sócio-Económicas – AEOH
- MELHOR ALUNO (ENSINO PROFISSIONAL) – João Miguel Peres Afonso (Gestão e Programação de sistemas Informáticos) – EPTOLIVA
- MELHOR ALUNO (ENSINO SUPERIOR) – Karine Aparecida Braga Florêncio – Licenciatura em Engenharia Informática – ESTGOH
As comemorações do 7 de outubro foram ainda pontuadas por momentos de música e poesia com destaque para a atuação de jovens artistas oliveirenses e declamação de poemas da poeta/escritora oliveirense, Lucinda Maria, também ela homenageada, por alunos que participaram no Concurso Nacional de Leitura.
Ao ”fechar o pano”, os oliveirenses puderam ainda assistir no novo auditório José Carlos Alexandrino ao espectáculo de António Zambujo que agradeceu por ter sido o primeiro artista o pisar o novo palco e realçou o papel que uma boa “programação” nestes espaços tem na educação do público.
Margarida Prata