O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, mostrou-se “bastante preocupado” com o evoluir da pandemia de Covid-19 no concelho, que regista 23 casos ativos.
O autarca, que é simultaneamente o responsável pela proteção civil concelhia, apelou por isso ao sentido de “responsabilidade” dos oliveirenses, sobretudo dos mais jovens, tendo em conta o subida da curva da Covid-19 nos últimos dias, e pediu, numa das fases mais criticas desta pandemia, para estes serem um “exemplo para o país” na forma como se comportam e respeitam todas as regras de higiene e distanciamento social.
Com três óbitos registados até ao dia de ontem no concelho (dois utentes do lar da FAAD e um do Lar de Santa Ovaia) o presidente do Município gostaria de não ver este número aumentar mais e deixou o apelou à “responsabilidade de todos” numa “tentativa de fazermos com que o concelho seja um exemplo para o país”.
“Ainda somos um exemplo, com estes números, mas se calhar podemos todos fazer melhor”, frisou o edil, lembrando, ainda assim que se trata do número mais elevado de infetados ativos desde o inicio da pandemia. “É um número que nunca tivemos até hoje, e esse número preocupa-me e preocupa-me bastante porque esse número pode vir mais tarde a causar algumas infeções em pessoas com outras patologias”, alertou.
No mapa “epidemiológico” do concelho, a freguesia de Nogueira do Cravo é aquela que regista mais casos (seis casos ativos), seguindo-se cinco casos ainda relacionados com a cadeia de transmissão da ESTGOH, quatro na União de Freguesias de Penalva de Alva e S. Sebastião da Feira, três na Freguesia de Lagares da Beira, três na União de Freguesias de Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços, um na Freguesia de Seixo da Beira e um na Freguesia de Alvoco das Várzeas.
“Vê-se logo pelo mapa do concelho que há um aumento de casos em freguesias onde nunca existiu nenhum caso de Covid-19”, referiu Alexandrino fazendo notar que estes números, na sua maioria, se referem a pessoas jovens o que “mostra claramente que tem havido pouco cuidado desses jovens no contato que têm mantido entre eles”, constatou.
“É fundamental que todos tenhamos consciência cívica e de responsabilidade, sobretudo de respeito aos outros, sobretudo aos que têm outras patologias, e aos familiares mais velhos”, exortou o presidente da Câmara.