A Associação de Pais de Oliveira do Hospital exige a remoção das placas de fibrocimento da sede do Agrupamento de Escolas do concelho, alegando que a sua degradação aumenta os riscos para a saúde pública.
Em comunicado, a Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do Antigo Agrupamento Brás Garcia de Mascarenhas e Escola Secundária de Oliveira do Hospital (APAS) alerta para «o perigo associado ao estado de degradação» das placas à base de amianto em diversas coberturas dos edifícios e nas zonas de passagem entre os pavilhões. «O perigo está associado ao grau de deterioração das placas, pelo potencial de libertação de fibras, inalação e posterior alojamento nos pulmões», o que pode provocar doenças como fibrose pulmonar, cancro do pulmão e mesotelioma.
Indicando que, em Oliveira do Hospital, «apenas foi removida uma parte da cobertura em fibrocimento», a APAS revela que «tem tentado, pela via do diálogo, apelar às entidades responsáveis para a necessidade de remoção das placas de fibrocimento, tendo sido informada de que a escola está referenciada para a substituição das coberturas, assim que haja disponibilidade financeira».
A Associação de Pais e Encarregados de Educação exige «o estrito cumprimento da lei, no que se refere à obrigatoriedade de informação a todos os utilizadores da existência de amianto» na sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital. Reclama ainda «a definição do prazo de remoção desse material e a medição da quantidade de amianto no ar junto aos cobertos e no interior das salas de aula, por laboratório acreditado, cujos resultados deverão ser tornados públicos».
A Câmara Municipal afirmou estar «ao lado da preocupação» manifestada pelos pais e encarregados de educação. A autarquia «tem acompanhado em pormenor esta situação, quer através de contactos regulares com a Associação de Pais, quer em sede do Conselho Municipal de Educação e até na própria Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, onde o tema também tem sido analisado», disse o presidente da autarquia, José Carlos Alexandrino.
‘Temos feito diversas diligências junto das autoridades de saúde a alertar para o problema, que reconhecem a gravidade da situação, mas remetem a resolução» para a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), acrescentou. Segundo o autarca, o Ministério da Educação «conhece o problema, tem as escolas referenciadas, mas em comunicação escrita», em 16 de abril, «alegou que só procederá à substituição das referidas coberturas em amianto quando “tiver disponibilidade financeira para o efeito».
A diretora da DGEstE, Cristina Oliveira, remeteu para mais tarde uma eventual posição a tomar pelo Ministério da Educação e Ciência.
Lusa