Suspeito, de 53 anos, residente na zona de Lourosa, está em prisão preventiva a aguardar julgamento.
Um homem de 53 anos, solteiro, agricultor de profissão, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de ter ateado um incêndio florestal. Aconteceu na passada terça-feira, à hora de almoço, na freguesia de Lourosa.
De acordo com fonte ligada à investigação, da responsabilidade da Diretoria do Centro da PJ, o suspeito atuou «num quadro de alcoolismo» que, de resto, fará parte dos hábitos de vida do homem. Seriam 12h38 quando foi dado o alerta para o incêndio, ateado num terreno agrícola, «povoado com ervas secas e silvas, a extremar com uma área florestal». Arderam cerca de dois mil metros quadrados de mato e o incêndio, sublinha a PJ, só «não atingiu maiores proporções devido à pronta intervenção de populares e dos bombeiros», sublinha a PJ.
Populares que desempenharam um papel decisivo, não apenas no combate às chamas, mas também na investigação ao crime. Isto porque, de acordo com fonte da PJ, o suspeito não foi visto na altura em que as chamas foram ateadas, mas «foi avistado nas proximidades» do local, apresentando um estado de alcoolismo de tal ordem que «mal se segurava nas pernas».
Um indicador que as testemunhas imediatamente transmitiram para os responsáveis da Proteção Civil da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e também à patrulha da GNR do posto local, que tomou conta da ocorrência. A informação foi transmitida aos operacionais da PJ, cuja investigação acabou por confirmar as suspeitas iniciais, conduzindo à detenção do suspeito, nessa mesma noite.
Já com antecedentes criminais, inclusive com pena cumprida pelo crime de ofensas à integridade física, o agricultor foi presente, quarta-feira, às autoridades judiciárias competentes, para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação consideradas convenientes. Encontra-se em prisão preventiva a aguardar julgamento.
Refira-se que é o segundo incendiário detido nesta “época” de incêndios pelos investigadores da Diretoria do Centro da PJ. O primeiro foi uma mulher, suspeita de ter ateado vários focos de incêndios na Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, nos inícios do mês passado.
Manuela Ventura