Câmara Municipal de Oliveira do Hospital hasteou hoje as bandeiras azul, bandeira ouro e bandeira praia acessível nas praias de Alvoco das Várzeas, Avô, S. Sebastião da Feira e S. Gião. Devido à pandemia de Covid 19, este ano, as zonas balneares vão ter lotação limitada, que poderá ser consultada através da aplicação info praias.
Numa cerimónia mais “leve” que o habitual e sem aglomerações, foi assim que a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital marcou, este ano, a abertura formal, esta quarta-feira, da época balnear no concelho. Uma abertura marcada pelas novas regras de segurança impostas às praias fluviais, no âmbito da pandemia Covid-19 que fazem com que estes espaços, este verão, tenham também limites em termos de lotação.
Com um circuito de segurança bem delimitado, Alvoco das Várzeas, foi a primeira a abrir oficialmente a época de banhos, com o hastear das bandeiras ouro, azul e bandeira praia acessível, galardões que vem renovando há vários anos consecutivos. Tal como nas zonas costeiras, as praias fluviais vão contar também com a figura do assistente de praia, que tem como missão gerir diariamente a lotação destes espaços e verificar as condições de segurança e sanitárias da praia. “Vão ter que trabalhar aqui 61 dias, de hora a hora, a partir das 9 horas até às 19h vão ter que atualizar a lotação da praia, e naturalmente terá que ser repercutida essa lotação na bandeira a içar: verde até um terço, amarela de um terço a dois terços, e bandeira vermelha acima de dois terços”, explicou o vice presidente da Câmara, José Francisco Rolo, lembrando, no caso de Alvoco, que a lotação máxima é de 80 pessoas, na zona do areal.
O autarca adiantou contudo que esta praia tem outras valências, além da parte do areal, como a componente de bar e esplanada e o parque merendeiro que, “por tradição” fazem deste espaço, um espaço com “muita procura” durante o verão. “É uma praia muito frondosa, tem águas de elevada qualidade, é uma praia que não tendo águas muito profundas é convidativa para famílias com crianças”, fez notar o vereador com o pelouro do ambiente que fala num esforço conjunto entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal para garantir as condições de segurança que se impõem nesta fase a estas áreas.
“Vai ter que haver um trabalho muito cauteloso, de muita pedagogia porque nós não vamos montar aqui um estado policial nas praias, vamos trabalhar incutindo confiança, incutindo regras de segurança, vamos passar mensagens pedagógicas às pessoas para que tenham uma postura defensiva, preventiva porque a questão chave é defender a saúde de cada família e de cada pessoa que vem à praia”, considera Francisco Rolo, que espera acima de tudo uma atitude defensiva por parte das pessoas de modo a mitigar a intervenção das autoridades de vigilância.
“No limite da atitude admito uma situação deste tipo: se houver uma lotação que comece a ser preocupante, as pessoas acabam por, em defesa da sua saúde, se retirar da praia e procurar sítios mais espaçosos, isto não implica que no limite, se for necessário, não tenhamos de recorrer às forças de segurança, mas atenção tão só para fazer cumprir as regras de segurança e de proteção da saúde de cada um”, garante o autarca que quer praias fluviais seguras este verão, prisões domiciliárias. “Estes são espaços de lazer, de bem estar, queremos que as pessoas se divirtam, que relaxem, desfrutem da água, desfrutem do convívio em segurança, isto é um espaço de lazer, não é um espaço policial, nem uma prisão domiciliária”, entende José Francisco Rolo, que pede apenas a quem nos visita que respeite as regras de segurança, relativamente às entradas e às saídas da praia, aos distanciamentos e à lotação, pois se assim for, e se forem tidos em conta todos estes cuidados “é possível garantir um ambiente descontraído em contacto com a natureza”, entende o vereador que hoje percorreu as praias fluviais do concelho para assinalar a abertura da época balnear e relembrar todo um conjunto de regras impostas pela DGS para mitigar a propagação da pandemia covid 19, nas praias do interior.