Caso passou-se em Andorinha durante o verão, mas só agora a fatura chegou aos consumidores
Os proprietários de uma casa desabitada na aldeia de Andorinha foram surpreendidos com duas faturas de água no montante de dois mil e quinhentos euros, relativas aos meses de julho e agosto, e já levantam a hipótese de se tratar de “crime” de roubo.
Susana Casanova, filha dos proprietários, garante que os pais nem queriam acreditar quando receberam a primeira fatura, no valor de duzentos euros relativa ao mês de julho e muito menos a de dois mil euros, referente ao mês de agosto, tendo apresentado de imediato uma reclamação junto da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, a fim dos serviços averiguarem o que é que se estava a passar com o contador da sua habitação, uma vez que esta se encontra fechada há mais de um ano e “ninguém lá foi nem no período de férias”. Susana Casanova confirma que esteve em Andorinha durante o mês de agosto, mas noutra casa da família, pelo que “alguém levou a água que não nós”, diz.
Apesar de até à data ainda não terem recebido qualquer informação “oficial” por parte da autarquia, os proprietários sabem que os serviços municipais já excluíram a possibilidade de se tratar de rotura ou avaria do contador, até porque o consumo “extraordinário” de água naquela habitação foi registado apenas nos meses de julho e agosto, e em setembro o contador voltou a “zeros”. “Se fosse avaria realmente seria uma coisa continuada”, reconhece Susana Casanova, que se inclina agora para a tese de roubo. “Se a água foi gasta, se o contador a contou, foi alguém que foi lá roubá-la”, admite, lembrando que na aldeia, quando se soube deste caso, lhe terão falado de outros “desvios” já ocorridos em casas desabitadas. “Se isso é verdade ou não, ou se tem fundamento, não sei, são aquelas coisas que dizem lá na aldeia”, refere, julgando que se a água foi desviada “isso é crime”. Susana Casanova questiona todavia quem é que poderá gastar dois mil euros de água num só mês e numa aldeia, “só se fosse para uma piscina olímpica”, diz, ao mesmo tempo que critica a falta de respostas da Câmara Municipal para o que classifica de uma situação “preocupante” e “completamente chocante”.
Contactada pelo nosso jornal, a Equipa Multidisciplinar dos Serviços de Água e Saneamento do Município de Oliveira do Hospital começa por esclarecer que a reclamação apresentada, relativamente à faturação de água numa habitação em Andorinha, foi “objeto da melhor avaliação pelos serviços competentes – a EMSAS”, que concluiu que “só houve consumo de água naquele contador nos meses de julho e agosto”, pois “entre os meses de janeiro e junho de 2014, não houve qualquer consumo de água”, o mesmo se passando no mês seguinte – em setembro – cuja contagem realizada pelos serviços volta a registar um consumo “zero”, “situação que se mantém até ao dia de hoje”. (leia mais na edição impressa)