Maior partido da oposição recusou-se a participar nas comemorações do 25 de abril promovidas pelo Município.
O PSD de Oliveira do Hospital não se fez representar nas cerimónias comemorativas do 39.º aniversário do 25 de Abril, organizadas pelo Município oliveirense. A decisão foi tornada pública através de um comunicado da Comissão Politica de Secção, que justifica a ausência dos eleitos do PSD e da respetiva intervenção política durante a habitual sessão solene nos Paços do Concelho, com aquilo que se está a viver hoje no concelho que, no entender dos social democratas é “a destruição progressiva do espírito e dos valores de abril”.
“Em Oliveira do Hospital, a democracia é uma mera ficção e o poder autárquico socialista/comunista tudo tem feito para subverter as virtualidades de abril e destroçar o que de muito bom se conquistou há quase quarenta anos”, afirmam numa nota enviada à comunicação social, onde lamentam “as novas formas de tirania, de coação e de exclusão por parte de quem se apoderou do poder”. António Duarte garante que por tudo aquilo que tem sido a prática do atual executivo do PS, o PSD decidiu este ano dissociar-se das comemorações, dizendo nomeadamente “não alinhar com pseudo democratas” que fazem precisamente o contrário daquilo que deve ser o espírito de abril. “É com profunda preocupação que vemos diariamente atitudes persecutórias e de aliciamento às pessoas por parte de quem tem o poder”, denuncia o líder local do PSD, para quem “impera tudo no concelho, neste momento, menos democracia e liberdade”.
Um ambiente que, na opinião de António Duarte, conhece o seu “auge na atual conjuntura de preparação das eleições autárquicas de setembro”, com o executivo a fazer “uma campanha política baseada no medo”. “Sistematicamente somos confrontados com testemunhos reais de munícipes que se sentem discriminados e perseguidos por terem opções ideológicas distintas das do atual executivo socialista” refere o líder concelhio do PSD”, para quem isto “não é democracia” e como tal, o PSD “recusa-se a participar neste ato”. António Duarte entende que a ausência do maior partido da oposição na sessão solene é uma forma de mostrar ao concelho “o nosso repúdio face aquilo que está a acontecer” já que “diariamente nos são relatados episódios em que agentes políticos locais tentam manipular, comprar e aliciar consciências com um único propósito: aniquilar o maior partido concelhio e ganhar votos a todo o custo, utilizando, despudoradamente, recursos humanos e materiais que são pagos por todos nós”. “O PSD nunca utilizou estes métodos para levar as pessoas a votar no partido”, considera o presidente da concelhia, justificando assim a ausência do maior partido nas festividades do dia da liberdade, iniciativa, aliás, para a qual, o líder da Concelhia, diz “nem sequer ninguém ter tido a gentileza de nos convidar”. “Para quem criticava estas atitudes no passado, agora bem se vê a democracia desta gente”, constata ainda Duarte, estando certo que os oliveirenses não se revêm “nos métodos antidemocráticos expressos por este executivo socialista/comunista”. O PSD garante, de resto, que enquanto “estes senhores estiverem no poder” não irá participar mais nas comemorações do 25 de abril, só voltando a fazê-lo quando “a liberdade e a democracia” for “devolvida” aos oliveirenses.