Ainda sem confirmar nomes, acreditam que têm o “melhor” candidato para Oliveira do Hospital nas próximas eleições autárquicas. PSD e do CDS/PP anunciaram, ontem, oficialmente a coligação que os vai voltar a juntar, 30 anos depois, numa corrida autárquica no concelho oliveirense, prometendo para breve a apresentação do que não duvidam ser a “candidatura mais forte” para disputar a liderança do Município, nas eleições que se avizinham depois do verão.
Fazendo um balanço “muito negativo” da governação socialista na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, os dois partidos da Coligação querem agora protagonizar uma mudança de “paradigma” no concelho e apostam, ao que dizem, nas “pessoas certas” para o fazer.
“Temos essas pessoas, emergem da nossa sociedade civil”, afirmou o líder da Concelhia do laranja, João Brito, que se recusou a confirmar o nome do ex homem da confiança política de José Carlos Alexandrino, Francisco Rodrigues, como cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP. “Essas decisões apenas serão tornadas públicas depois de aprovadas pelos órgãos próprios”, referiram, aproveitando para criticar o PS de não ter respeitado as regras dentro da sua “própria casa”, quando anunciou, há uma semana atrás, os nomes dos candidatos sem estes terem sido ratificados pela respetiva Comissão Política Concelhia.
De resto, foram muitas as criticas dirigidas para o interior do executivo camarário de maioria socialista por parte dos dois partidos que sustentam a nova coligação autárquica. “Temos uma visão muito negativa da atuação da Câmara Municipal nestes últimos três mandatos. É muita propaganda e pouca obra concreta, muita despesa, mas pouco investimento e eficiência, muita ansiedade com o presente e pouca preocupação com o futuro”, atirou o líder da Concelhia do PSD, que partilhou com o parceiro de coligação e líder local do CDS/PP, João Duarte, “uma visão preocupante do estado em que se encontra o território de Oliveira do Hospital”.
“Continuamos com um território afastado dos grandes itinerários. O IC6 que serviu tantas vezes de arma de arremesso contra os adversários políticos, não passou de uma promessa usada em calendários eleitorais mais convenientes”, denunciava João Brito, ao mesmo tempo que lamentava alguns dos principais indicadores de desenvolvimento ocupados atualmente pelo Município de Oliveira do Hospital , que “o colocam no 13º lugar no distrito”, quando “há 30 anos era o 3º concelho mais desenvolvido do distrito”.
“Não se compreende como em termos de desenvolvimento não se apostem em novas áreas de localização empresarial e em atrair novos investimentos”, referiu ainda o lider laranja local, acusando mesmo o executivo do PS de “total incompetência neste dossier, como se vê na ampliação da zona industrial que se encontra parada há meses”.
João Brito lembrou que não foi por falta de receitas que o atual executivo não concretizou mais obra e mais investimento no concelho, mas sim por ter “havido mais despesismo, mais despesa com pessoal, mais satisfação com clientelas, mais investimento em eventos megalómanos como foi o caso da última EXPOH em que foram gastos mais de 200 mil euros e cujo efeito na economia local é muito duvidoso”. Recusando “as soluções do passado recente”, os dois partidos dizem-se empenhados em “protagonizar uma mudança” no concelho oliveirense, capaz de o tornar “mais forte, mais desenvolvido e mais preparado para os desafios dos novos tempos” e para isso dizem contar com as “pessoas certas”.
“É preciso renovar as pessoas, é preciso renovar os protagonistas” exortou João Duarte do CDS/PP, lamentando que “haja pessoas com mais de 20 anos de carreira política que se queiram eternizar no poder por mais 4, 8 , seja o que for e nós não podemos compactuar com isso”. “É preciso uma injeção de competência, de credibilidade, de qualidade no executivo municipal e isto só se faz com protagonistas novos”, referiu o líder centrista local, acreditando ter o candidato “mais forte” na corrida ao poder autárquico em Oliveira do Hospital.
“Temos o melhor candidato para combater qualquer adversário” acrescentava ainda João Brito, sem anunciar o nome de Francisco Rodrigues, o que deverá acontecer só depois da reunião da assembleia de secção agendada para a próxima semana.