Vitor Neves – Gestor
– Abusos sexuais sobre crianças na Igreja Católica Portuguesa: pedofilia de batina!!! Isto é hediondo, é tremendo, é o desmoronar de tudo ou do muito onde se edificou a vida de milhões de portugueses: na Igreja? um Padre “metido” com uma criança? Sim, podemos ficar incrédulos, sem palavras, mas não podemos ficar indiferentes.
Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, não tende piedade deles.
Antes de continuar a ler, por favor, pare.
O imenso ruído e o instantâneo constante em que se tornaram os nossos dias, relativizam tudo. E seguimos. Caramba, não. Há coisas que são demasiados graves e sérias para…seguirmos, assim, como se nada fosse, como se fosse aceitável, como se fosse perdoável:
– Abusos sexuais sobre crianças na Igreja Católica Portuguesa: pedofilia de batina!!!
Isto é hediondo, é tremendo, é o desmoronar de tudo ou do muito onde se edificou a vida de milhões de portugueses: na Igreja? um Padre “metido” com uma criança?
Sim, podemos ficar incrédulos, sem palavras, mas não podemos ficar indiferentes.
Pelo menos desta vez, ainda que seja só desta vez, que se assuma que “isto” não é normal, que não é digno da raça humana. E não se pode ignorar, não se pode esconder, não se pode abafar, não se pode esquecer e, lamento, não se pode perdoar.
Confesso que tenho dificuldade em imaginar um padre a tocar no pénis ou na vagina de uma criança. Confesso que tenho dificuldade em imaginar um padre a ser tocado no pénis por um miúdo ou por uma miúda. Confesso que tenho dificuldade em aceitar que um ser humano, dotado de formação, na plena posse das suas faculdades e que proclama diariamente o seu amor a Deus, possa ser capaz de uma tal coisa. Mas é. Mas foi.
É o nojo absoluto.
Abaixo “disto” talvez não haja mais nada, mesmo que o fundo possa sempre mais fundo.
Talvez mais no Interior do País do que no litoral e nas grandes cidades, talvez mais antes do que agora, muitos de nós crescemos sob o manto da Igreja e tendo o Padre como referência. Aconteceu comigo em Oliveira do Hospital: na infância sob a referência do Padre Laurindo e a vida toda sob a referência e a amizade do Padre Borges, para citar apenas estes dois nomes.
Como aceitar que um Padre “como eles” tenha abusado sexualmente de uma criança?
Como aceitar que um Padre “como eles” tenha encoberto o Padre “como eles” que abusou sexualmente de uma criança?
Como aceitar que isto tenha acontecido na Igreja e que a Igreja ainda hoje tenha “pessoas” como o Bispo do Porto, Manuel Linda?
Senhor, não tende piedade deles. Nem dó.