A CAULE – Associação Florestal da Beira Serra recebeu a visita de oito técnicos dos Serviços Florestais da Coreia do Sul – Korea Forest Service, que escolheram a região da Beira Serra e a CAULE em concreto, para virem colher informação sobre a realidade florestal em Portugal e as atividades desenvolvidas pela associação e pelos proprietários florestais.
Esta já não é a primeira vez que a CAULE recebe a visita de especialistas e atores ligados ao setor florestal da Coreia do Sul. Em 2015, aquela associação florestal recebeu uma comitiva composta por jornalistas e responsáveis de serviços públicos sul coreanos, que vieram observar sobretudo o trabalho desenvolvido nesta região de combate à doença do nemátodo da madeira do pinheiro bravo.
Desta feita, os técnicos focaram muita da sua atenção na exploração do eucalipto e na relação entre as importações e exportações e questionaram também as formas de financiamento destas associações de proprietários florestais e ainda qual o ponto de situação ao nível da formação académica na área florestal.
Surpreendidos com a realidade portuguesa e com o facto da maior parte da área florestal nacional ser gerida por particulares, segundo um modelo maioritariamente de produção, os coreanos fizeram notar o contraste com a sua própria realidade, em que a floresta tem sido encarada como algo praticamente “intocável”, num modelo virado essencialmente para a floresta de conservação.
O encontro com associações florestais em Portugal cingiu-se à CAULE, mas os Serviços Florestais da Coreia do Sul irão percorrer mais países europeus, no intuito de perceberem como tornar a sua floresta numa fonte de rendimento, mas de forma sustentável, eliminando alguns regulamentos nacionais mais conservadores.