A pandemia Covid-19 afetou todas as áreas da nossa vida, incluindo a sexualidade e a vida sexual. Surgiu a necessidade de reorganizar as rotinas laborais, pessoais e familiares, o distanciamento físico, a utilização das máscaras e as restantes medidas de proteção impostas pela pandemia, a crise económica, a instabilidade e a incerteza, podem impactar significativamente as nossas relações de intimidade, desejo e sexualidade.
Perante as medidas de proteção da saúde impostas pela pandemia, é natural questionarmo-nos se as relações e as atividades sexuais são seguras. A vivência da sexualidade comporta alguns desafios específicos no momento extraordinário que vivemos, nomeadamente, as limitações do contacto físico, as medidas de prevenção do contágio e proteção da saúde, fatores de stress e ainda as diferenças individuais.
A sexualidade desempenha um papel essencial na nossa saúde física e psicológica, no nosso bem-estar e satisfação com a vida, por isso é preciso compreender como é que podemos gerir o risco de transmissão do novo coronavírus não prejudicando a nossa intimidade e sexualidade. Nesse sentido, poderá reinventar a intimidade e a sexualidade através das seguintes estratégias:
- Explorar a sexualidade de formas alternativas, através da realização de encontros virtuais, partilha de música ou escrita de cartas;
- Conhecer e compreender melhor o funcionamento do corpo, (re) descobrindo novas formas de ter prazer;
- Aprender mais sobre sexualidade, através da leitura de livros ou visualização de documentários sobre sexualidade;
- Conversar abertamente sobre o tema;
- Aceitar que a ausência de desejo ou excitação são naturais, expectáveis e transitórias;
- Manter o autocuidado, cuidar de nós é essencial para a nossa saúde física, psicológica e sexual;
- Procurar ajuda, se sente que precisa de ajuda ou aconselhamento um Psicólogo pode ajudar.
*baseado nas orientações da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Mariana Guilherme