A administração da fábrica da Sonae, na Catraia de S. Paio, veio desmentir os boatos que circularam no concelho de Oliveira do Hospital e na região, dando conta do risco eminente de explosão da unidade de produção de aglomerados de madeira.
Num comunicado enviado às redações, a Sonae Arauco lamenta a situação e repudia mesmo todos os “comportamentos que pretendam destabilizar a população”, já de si fragilizada depois da tragédia dos incêndios. No mesmo comunicado, a Sonae garante não “existir qualquer risco” de explosão e aproveita para esclarecer que, na sequência dos graves incêndios que atingiram todo o concelho e também a empresa, os seus equipamentos se encontram “desativados, supervisionados e em segurança”.
Em declarações à Rádio Boa Nova, o diretor da fábrica, Luís Pacheco informou que “estruturalmente a fábrica continua em perfeitas condições”, havendo apenas a registar danos “técnicos” no parque de madeiras e equipamentos exteriores destinados à transformação da madeira em partículas necessárias à produção do aglomerado.
O responsável por aquela unidade fabril explica ainda que a presença diária dos bombeiros na empresa tem a ver com a necessidade de efetuar rescaldo nos “vários pontos de madeira processada (estilha) que foram afetados pelo fogo e refrigeração dos equipamentos afetados”.
A Sonae Arauco conta com cerca de 200 trabalhadores que se encontram a laborar na unidade.
O patrão da Sonae, Paulo Azevedo, que se deslocou a esta fábrica e também a uma unidade do Grupo em Mangualde, estimou os prejuízos só em Oliveira do Hospital na ordem dos 24 milhões de euros.