Uma tentativa de suicídio ou um suicídio são sinais de que as pessoas estão num grande sofrimento. Devem sempre ser levados a sério e nunca ignorados.
Todos nós já pensámos na nossa própria morte. A morte faz parte da vida humana. No entanto, quando experienciamos perdas ou situações de vulnerabilidade, quando nos sentimos um fracasso, sobrecarregados por problemas pessoais ou familiares, sem
esperança e sem sentido para a nossa vida, ou mesmo sem sabermos a sua causa, podemos ficar presos no nosso sofrimento e acreditar que não existem soluções ou formas de ultrapassar os nossos problemas e preocupações. Os nossos pensamentos, sentimentos e até comportamentos podem parecer-nos insuportáveis e sentirmo-nos impotentes para mudar a nossa vida e acreditar num futuro melhor.
Os motivos que levam alguém a tentar suicidar-se podem ser muitos e complexos. O suicídio pode afetar pessoas de todas as idades e em qualquer momento do ciclo de vida. Sabemos que a maior parte das pessoas que morreu por suicídio sofria com problemas de Saúde Psicológica (nomeadamente Depressão, Perturbação Bipolar ou Consumo Problemático de Álcool). Na verdade, a maior parte delas nem queria necessariamente morrer, mas sim escapar à dor e ao sofrimento que estava a sentir. E, nessa altura, morrer parecia-lhes a única saída.
É importante considerar que…
Qualquer pessoa, de qualquer cultura, nível educacional ou estatuto socioeconómico pode morrer por suicídio. Os pensamentos e sentimentos suicidas revelam um grande mal-estar emocional e qualquer pessoa, por inúmeros motivos, pode estar em sofrimento.
Os pensamentos, intenções e planos de suicídio diversas vezes são mantidos em segredo. Algumas vezes o suicídio é planeado, mas outras vezes as tentativas de suicídio acontecem por impulso, num momento de desespero.
Uma tentativa de suicídio ou um suicídio são sinais de que as pessoas estão num grande sofrimento. Devem sempre ser levados a sério e nunca ignorados.
Cada um de nós pode contribuir para prevenir o suicídio estando atento e cuidando do bem-estar das pessoas que nos rodeiam – familiares, amigos e colegas. Estar disponível para escutar os outros, iniciar uma conversa com um simples “como estás”, pode ser o suficiente para ajudar alguém que está numa situação de risco ou sofrimento a partilhar o que sente e a procurar ajuda.
*baseado nas orientações da OPP
Mariana Guilherme