Folha do Centro – Como é que comenta algumas notícias vindas a público de que a escolha do nome do José Francisco Rolo, entretanto homologada pela Comissão Política da Federação Distrital, não foi unânime no partido?
José Francisco Rolo – Essas notícias são desfasadas da realidade. Houve, há vários meses, uma reunião, onde esteve presente o executivo- o seu presidente e os vereadores, e o senhor presidente da Concelhia e onde o meu nome obteve, por unanimidade, o apoio do atual executivo. Depois disso, houve também o total apoio da senhora presidente da Assembleia Municipal. Depois, houve aqui uma reunião do Secretariado do PS onde o meu nome foi aprovado por unanimidade por todos os membros, sejam os membros da CPC, sejam os membros da JS e, no passado sábado, foi aprovado pela Comissão Política de Federação, onde o meu nome foi aprovado por unanimidade e aclamação. Ora, foi isto desfaz qualquer especulação sobre a unanimidade da minha escolha para encabeçar um projeto político abrangente, supra partidário, aberto à sociedade civil, com gente que tem ligações ao PS, mas também com cidadãos que não têm filiação partidária. Este é um projeto congregador, que aglutina várias tendências. Ao fim de 12 anos como vice presidente, com homem leal e braço direito do professor José Carlos Alexandrino, fui defendido pelo presidente da Concelhia e votado por unanimidade e aclamação que é um reconhecimento de que cumpro todos os requisitos para encabeçar uma lista forte, renovada e que pretende triunfar nas próximas eleições autárquicas.
Além de todo o percurso político antes de chegar à vice presidência da CMOH, o JFR acumula 12 anos de exercício de poder autárquico em Oliveira do Hospital. O que é leva a candidatar-se e a querer continuar no poder, agora à frente dos destinos do concelho?
Eu sou um cidadão de Oliveira do Hospital. Fiz a minha escolaridade e as minhas relações pessoais no concelho, tirando o período de formação académica, vim para Oliveira do Hospital. Trabalhei em projetos de desenvolvimento local e regional, na captação de fundos comunitários para a região, como é sabido, alavanquei muito projeto de desenvolvimento, muito projeto empresarial, muito projeto ao nível das autarquias. Trabalhei com gente experiente, que me ensinou as regras e as boas práticas do desenvolvimento local e regional. Ao fim de 12 anos como vice presidente da Câmara Municipal, ao lado do Prof. José Carlos Alexandrino, sinto-me reforçado nas minhas competências, no conhecimento que tenho da Câmara Municipal, no conhecimento que tenho do concelho. Nós não chegámos agora cá e nos apresentámos a votos. Não. Há aqui uma experiência acumulada de 12 anos. Conhecemos cada freguesia, cada localidade, cada instituição, cada coletividade, conhecemos as empresas, conhecemos o comércio, conhecemos os serviços, sentimo-nos preparados! Somos gente de confiança.
Sente-se o mais bem preparado para a liderança do concelho?
Sinto-me preparado, capacitado e com o reconhecimento externo que me permite ir para estas eleições com confiança e com a segurança de que sou uma solução de diálogo, de concertação, de capacidade. Reconhecimento das relações que tenho com a CCDR, com a CIM de Coimbra, o ter acompanhado o presidente ou eu próprio ter liderado dossies junto das secretarias de Estado, dos organismos desconcentrados do Estado, acompanhar o presidente em várias negociações com o governo, isso dá-me a capacidade, o conhecimento dos corredores do poder, dos espaços do diálogo e de negociação. Também há um reconhecimento vindo de fora. Acho que é um reconhecimento para Oliveira do Hospital e para o concelho presidir, e sou eu que presido, por exemplo, à rede das Aldeias de Montanha, a ADIRAM, que congrega nove municípios de Oliveira do Hospital até ao Fundão. E onde sou também Vice Presidente da Agência para a Promoção do Turismo de Natureza da Região Centro. Tenho a certeza que me sinto capacitado, com o conhecimento dos dossies, tenho um conhecimento profundo da máquina autárquica e acima de tudo, sinto-me preparado para percorrer os corredores do poder e lutar e reivindicar pelos interesses de Oliveira do Hospital, dos seus cidadãos, seja no domínio da saúde, no domínio dos apoios sociais, seja reivindicar a favor do setor empresarial, ao nível das infra estruturas rodoviárias. Em 2021 sinto-me totalmente preparado para assumir com confiança, com determinação, o desafio de ser presidente da Câmara Municipal para o período de 2021 a 2025. E quero estabelecer um contrato de confiança com os cidadãos, com os empresários, com os dirigentes associativos, precisamente para que esse trabalho seja frutuoso e em 2025 possamos dizer: recuperámos da pandemia e o concelho está na senda crescente do desenvolvimento e da afirmação regional.
Já tem a equipa formada que o vai acompanhar neste desafio?
Eu vou dizer-lhe de outra forma. Temos equipa formada, temos equipa reforçada e vamos ter equipa renovada, com os melhores. Estamos cá com experiência acumulada, estamos cá com conhecimento dos dossies, temos projetos em carteira que queremos dar continuidade e temos noção exacta que há um projeto de transformação positiva de Oliveira do hospital, iniciado em 2009 pelo Prof. José Carlos Alexandrino, que queremos dar continuidade. Com uma vantagem: teremos o Prof. José Carlos Alexandrino, como futuro presidente da Assembleia Municipal, presidente da CIM, que estará ao lado deste executivo para nos ajudar e para nos dar apoio com os conhecimentos e com o prestígio que granjeou. A Eng. Dulce Pássaro, que sai depois de ter dedicado quatro anos a este projeto, vai continuar alinhada com o futuro executivo municipal, que esperemos seja de maioria socialista. Vamos trabalhar para isso, para procurar as melhores soluções e para a resolução dos problemas de Oliveira do Hospital. Sabemos o que queremos. Assumo este projeto e a responsabilidade de carregar um legado de desenvolvimento deixado pela liderança do Prof. José Carlos Alexandrino, mas também a responsabilidade de dar continuidade a esse trabalho com novos projetos.
Em termos de freguesias. Como é que está o processo?
Diria que até ao final de Abril teríamos condições de entregar todas as nossas listas. São listas feitas com gente com currículo, com capacidade realizadora, gente com experiência e, acima de tudo, gente que conhece bem as suas freguesias e que tem provas dadas em cada uma das localidades. Estão a lidar com um projeto autárquico que valoriza as freguesias e por isso, é fácil para o projeto que eu lidero, abrangente, que tem gente do PS e que tem pessoas que não são do Partido Socialista, porque temos um modelo de descentralização de competências e de meios financeiros.Temos um gabinete de apoio às freguesias, com um coordenador, que queremos reforçar e temos a noção do seguinte: Nunca um executivo transferiu tantas verbas para as freguesias como os nossos projetos políticos transferiram. Estamos a falar de mais de 10 milhões de euros de meios financeiros transferidos para as freguesias.
E a escolha do Prof. José Carlos Alexandrino para a Assembleia Municipal é uma mais valia para esta candidatura…uma maioria robusta como as que têm sido alcançadas nos últimos atos eleitorais está nos vossos horizontes?
Nós não somos daqueles que gostam de se vangloriar e vestir roupagens de arrogância em forma de catedráticos. Nós sabemos que os resultados do Prof. José Carlos Alexandrino, como cabeça de lista do PS, foram resultados extraordinários, do ponto de vista eleitoral e do ponto de vista dos mandatos atribuídos. O PS tem vindo a trabalhar e passou por muitas vicissitudes desde 2007 : é preciso ter a noção que em 2017, as eleições foram dia 1, dia 14 estávamos a celebrar a vitória e no dia 15 o concelho ardia, de uma forma vigorosa, uma autêntica calamidade pública com 97% da superfície do concelho ardida, com os danos que provocou nas pessoas, nas habitações, nas empresas. Depois tivemos as intempéries em 2019, e agora passámos pelo processo da pandemia. Isto deu-nos preparação, mas também nos deu um trabalho de proximidade e de acompanhamento permanente no terreno. Nunca estivemos sentados atrás da secretária, estivemos sempre na linha da frente em todos os momentos. E atenção, sem pararmos a máquina da Câmara e a captação de fundos para a realização de novos investimentos e o trabalho de captação de novas empresas para Oliveira do Hospital, como alguns projetos que estão aí a nascer. Temos vindo a trabalhar para ganhar a confiança dos cidadãos, temos-nos empenhado sete dias por semana e com espírito de missão, num bom resultado autárquico e um bom resultado é uma maioria absoluta. Vamos trabalhar para governar a Câmara Municipal com maioria absoluta, os votos, na noite das eleições, avaliaremos a dimensão da nossa vitória, até lá vamo-nos bater por um reconhecimento expressivo deste nosso trabalho.
Falou das catástrofes que marcaram, de forma negativa, neste último mandato. Preocupa-o o efeito que a pandemia poderá ter em algum tecido empresarial do concelho?
Preocupa-nos profundamente os efeitos da pandemia no tecido económico, seja a indústria, seja o comércio, seja os serviços, mas também estamos habituados a lidar com a adversidade. No mandato de 2013 tivemos a adversidade da intervenção da Troika e de um Governo que tirou autonomia e recursos financeiros às Câmaras Municipais, tivemos que gerir o crescimento do desemprego em Oliveira do Hospital e recuperámos, logo no primeiro mandato, uma empresa da área têxtil que hoje está a laborar, lançámos mais tarde o Programa Activos Sociais, para ajudar à criação de postos de trabalho, e naturalmente que a pandemia preocupa-nos a todos. Por isso é que lançámos um programa de apoio ao comércio local, temos na forja um programa Activos Sociais + Solidário para Apoiar as Famílias, e temos vindo a acompanhar o setor empresarial na relação com a CCDR e com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social para resolver problemas emergentes. Da parte deste executivo e da equipa que se propõe a dar continuidade a este trabalho terão sempre a disponibilidade para estarmos ao lado dos empresários e dos investidores. Queremos reforçar a componente do apoio ao investidor. E muitas das nossas energias vão ser colocadas a acompanhar as famílias, a acompanhar as empresas e as instituições. Na primeira fase de intervenção é aqui que nos deveremos focar, na recuperação económica e social do concelho no contexto da pandemia, e não deixar ninguém para trás. Neste momento já estamos a trabalhar com empresas para as direcionarmos para as oportunidades que a bazuca financeira do PRR, tem para lhes oferecer.
Se for eleito presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, essa será uma prioridade da sua governação autárquica?
O Município de Oliveira do Hospital colocará na primeira linha de preocupações a recuperação do concelho pós pandemia. Mas não vamos parar. Teremos a atenção e a proximidade para acompanhar as famílias, as empresas, as instituições, as coletividades, com muita atenção ao emprego, à manutenção de postos de trabalho, muito apoio e acompanhamento às empresas para que retomem a sua atividade e posso dizer que, nas últimas semanas, estamos em contacto permanente com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, assim como do Ministério da Economia, da CIM Região de Coimbra para antever soluções e preparar respostas e naturalmente a seguir, temos que apostar num novo modelo empresarial para o concelho de Oliveira do Hospital.
Que modelo?
É um modelo assente nas oportunidades que o Quadro Comunitário para o período de programação 20/30 tem e as oportunidades que o PRR tem para oferecer. Mas também tirámos algumas lições da pandemia. Apercebemos-nos que o teletrabalho veio para ficar, que o teletrabalho é uma oportunidade para captar gente criativa e empreendedora para o território. Percebemos que estar num território de baixa densidade permite a atração de investimento porque há majoração das ajudas. Ou seja, hoje já vamos na segunda ampliação da zona industrial, os lotes, pelo número da procura, estarão todos atribuídos. Teremos de continuar a alargar, a ampliar zonas de acolhimento empresarial. Temos aqui uma oportunidade na área do teletrabalho através de um programa de renovação das aldeias que permitirá atrair para as aldeias pessoas que usufruam do teletrabalho . Estamos a trabalhar no reforço da infraestrutura tecnológica no concelho, refiro-me à fibra ótica, isso vai permitir mais investimentos na área do digital, que proporcionar novos investimentos. Naturalmente teremos de acompanhar a indústria e as empresas ligadas aos setores mais tradicionais, que dão muita empregabilidade no concelho, e para quem quer uma política de coesão e desenvolvimento integrado de todo o concelho, temos de trabalhar a componente da mobilidade. A mobilidade urbana sustentável, mas também na mobilidade de todo o concelho. Estamos em condições de dizer que vamos lançar um amplo programa de transportes públicos gratuitos no concelho, financiados no quadro daquilo que é o financiamento no âmbito das CIM precisamente para gerar mobilidade, circulação no concelho e atrair mais pessoas, renovar as aldeias, através do programa de renovação das aldeias, será o equivalente a um PEDU ( Plano de Desenvolvimento Estratégico) direcionado para as aldeias, ou seja, captar investimento alinhado pela transição digital, ligado ao ambiente e às indústrias verdes, ligado muito ao setor da reciclagem e reaproveitamento de novos produtos. Perceber as vantagens do mercado ibérico, estamos a negociar um projeto que vai claramente instalar-se em Oliveira do Hospital para servir o mercado ibérico, no setor da indústria de transformação, portanto esse vai ser o nosso caminho.
Que políticas pretende implementar para fixar os nossos jovens e atrair novos residentes?
Atrair novos residentes, fixar população jovem, capacitada que queira regressar ao concelho. Nós temos vindo a encetar contactos com empresas que procuram territórios com as características do nosso porque encontram terrenos a baixo custo e têm incentivos ao investimento majorados, com maior intensidade de ajudas públicas Naturalmente que isto gera oportunidades para atrair novos residentes e população jovem, de gente de Oliveira do Hospital que foi estudar e quer regressar ao concelho. Oliveira do Hospital tem à volta de 300 novos residentes por ano que chegam por via da ESTGOH, isto é um capital demográfico que tem de ser valorizado. Estes jovens cidadãos que se formam em Oliveira do Hospital é preciso fixá-los, e temos condições para os fixar aqui em atividades inovadoras. E por isso queremos criar uma estrutura de apoio técnico para ajudar a desenvolver projetos empresariais individuais, de base tecnológica, tudo isso será firmado num diversificado programa eleitoral que iremos apresentar mais à frente.
Essa componente de inovação não chega já com algum atraso?
Há duas realidades distintas. Uma delas é a industria tradicional, o que fez de Oliveira do Hospital um concelho industrial, e a manutenção dos seus postos de trabalho, essa é uma frente que trabalharemos. A outra frente diz respeito à captação de novos investimentos que estarão muito alinhados com Plano de Recuperação e Resiliência e com o desenho do PRR. E teremos o novo quadro comunitário 20/30 que será uma outra injeção financeira, que serão oportunidades para atrair novos investimentos direcionados para o empreendedorismo, para a criatividade e para a capacidade de cada um se fixar. Cabe ao Município criar as condições para que as boas ideias possam avançar. E é garantido que vamos reforçar fortemente o apoio técnico, o acompanhamento ao investidor, junto das fontes de financiamento.
O que na sua opinião correu menos bem neste quase 12 anos de governação do PS?
Correu menos bem todos os constrangimentos provocados pelos cortes financeiros ditados pela intervenção da Troika e pelo governo de então PSD/CDS, a perda de autonomia, os cortes finnaceiros foram evidentes e as câmaras tiveram de ser reinventar. O Município de Oliveira do Hospital para nunca faltar a quem precisava, nunca teve de recorrer ao Fundo de Apoio Municipal (FAM). Foi contribuinte liquido do FAM para resgatar outras autarquias. O que é que nos afetou brutalmente: estavamos numa curva de grande dinamismo social e empresarial e levámos com uma vaga de incêndios que destruiu por completo o concelho. Afetou mais de uma centena de empresas, mais de 500 empregos, foram centenas de casas de primeira e segunda habitação, a destruição de toda a floresta, do setor agro pecuário, isto representou só de prejuízos municipais cerca de 2, 5milhões de euros. A seguir tivemos as intempéries dos furacões. Só em infra estruturas municipais foram 3,5 milhões de euros e agora o impacto do Covid. Tudo conjugado, estamos a falar de mais de seis milhões de euros de reafetação de investimento municipal para a recuperação do concelho. De outra forma, esse dinheiro teria sido aplicado noutras áreas e noutros setores. Neste percurso conseguimos ainda baixar o endividamento da CMOH e pagar 19 empréstimos deixados por anteriores executivos. Somos uma Câmara de boas contas e que paga a prazo médio de nove dias.
Como é que vê a candidatura adversária da Coligação PSD/CDS protagonizada por um candidato que foi um dos homens mais próximos do presidente da Câmara?
É uma candidatura que de alguma forma é um regresso ao passado. Tem um mentor que vem do passado. De alguma, surpreende-nos essa candidatura porque creio que o Prof. José Carlos Alexandrino em face da confiança que transmitiu e das competências que atribuiu merecia outra lealdade. Mas, como estamos em época pascal, e sem querer ferir sensibilidades religiosas, eu diria que Cristo também andou acompanhado por Judas. E acho que a candidatura não traz nada de novo, nem de alternativo. É um claro regresso ao passado que encerrámos em 2009. Os nossos propósitos são outros. Não há arrogância, nem projetos pessoais, nem ambições pessoais. O projeto que eu lidero é um projeto abrangente, e que está pronto e preparado para servir Oliveira do Hospital.
O Dr. Francisco Rodrigues continua a dizer que muitas das obras que neste momento estão em curso em Oliveira do Hospital se devem ao seu trabalho e à sua coordenação. Como é que comenta estas afirmações?
Isso não merece qualquer crédito. Não faz sentido ele continuar a reclamar para si essas obras e esses projetos. Há uma diferença entre gerir tabelas de excel e preencher formulários de candidatura e a capacidade de, na CCDR ou junto do Governo, à mesma das negociações, obter os meios financeiros para financiar projetos. Ser técnico é uma função e ser líder, com capacidade negocial é uma coisa completamente distinta.
Considero mesmo um abuso tomar para si aquilo que são conquistas de um executivo liderado por um homem que trabalhou 365 dias por ano para captar meios financeiros e projetos de investimento e financiamentos ao nível de fundos comunitários e estamos a falar de 31 milhões de euros de investimento em fundos de investimento que foram captados por este executivo liderado pelo Prof. José Carlos Alexandrino. Acho um absurdo e acho até desqualificador alguém tomar para si aquilo que foi trabalho de outrem. Faz-me lembrar aquela história dos cucos que metem os ovos nos ninhos das outras aves, tomando-as como suas…
Como é que comenta as criticas da candidatura da Coligação PSD/CDS relativamente à perda de protagonismo do concelho no contexto da região?
Eu confesso que não vim a esta entrevista para fazer comentários à conferência de imprensa da candidatura do PSD CDS-PP, agora há evidências. E temos que ser honestos e não nos desviarmos da verdade. Para aqueles que fazem um discurso catastrofista, Oliveira do Hospital, ainda recentemente, na avaliação do desempenho das empresas, teve 20 empresas cotadas enquanto PME líder, que nos colocam a seguir a Coimbra, sede de distrito, à Figueira da Foz, segundo núcleo urbano do distrito, a Cantanhede e Oliveira do Hospital aparece em 4º lugar, como o concelho com mais empresas PME líder.
E repare, nós temos hoje um Município que lidera a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, temos hoje um Município cujo presidente lidera a instalação do aeroporto na região Centro, temos hoje um Município que preside à rede das Aldeias de Montanha, temos hoje um Município que está na vice presidência da Agência para a Promoção do Turismo de Natureza na Região Centro. Somos um Município que integra o concelho de gestão, através da minha pessoa, do Inature, somos um Município que tem uma notoriedade e uma visibilidade mediática nunca antes conseguida. Fomos um Município que pegou numa feira que o nosso adversário político queria uma feira pequenina, dizia que nunca seria possível fazê-la no centro da cidade, queria uma feira pequenina e adaptada às circunstâncias daquele fim-de-semana e transformamos a a feira do queijo de Oliveira do Hospital, na grande feira do queijo Serra da Estrela de Portugal, que tem um grande impacto económico -financeiro ao nível da captação de receitas.
Apresentar um discurso diminuidor do concelho, diminuidor das empresas do concelho, amesquinhar o esforço que é feito nos vários setores, acho que isso não é um discurso de mobilização, de confiança que os oliveirenses querem.
Os oliveirenses, nesta fase, os empresários, nesta fase, os dirigentes associativos, nesta fase, querem pessoas que lhe incutam dinamismo, que lhe incutam confiança, que lhe incutam esperança no futuro, os discursos destrutivos, diminuidores, os discursos catastrofistas são discursos que vai ser rejeitados nas urnas.
A Câmara Municipal e o projeto que eu vou liderar vai ser um projeto de esperança e de confiança para o futuro de Oliveira do Hospital, e digo mais, este vai ser um projeto mobilizador de toda a comunidade e por isso é que vamos apresentar um programa eleitoral que vai ser coordenado por uma figura do concelho, prestigiada, uma figura do concelho que tem experiência de moderação, tem experiência de conciliação, de concertação social, o professor José Ricardo Coelho, que ja foi autarca nesta terra, ilustre nogueirense que vai coordenar o nosso programa eleitoral e que terá a acompanhá-lo o professor Pedro Bingre do Amaral, um dos maiores especialistas nacionais de ordenamento do território, que também é professor na nossa escola superior de tecnologia de Oliveira do Hospital na área do desenvolvimento regional e do ordenamento do território.
E teremos duas figuras, uma sendo professor na ESTGOH, e outra sendo uma como sendo o professor José Ricardo Coelho, uma figura, como disse, que já foi autarca no concelho de Oliveira do Hospital, será o coordenador de um grupo de trabalho para elaborar um programa eleitoral para todos os setores que vai contemplar o setor empresarial, que vai contemplar a educação, a mobilidade, o ordenamento urbanístico, o ordenamento florestal, e estamos neste momento a preparar quatro candidaturas precisamente para recuperar o património florestal do concelho. Também sei que uma organização de produtores florestais também tem um projeto para precisamente desenvolver a recuperação da floresta do nosso concelho. Portanto, este projeto é um projeto que incute dinamismo, confiança e esperança no futuro, é um projeto abrangente e mobilizador. Estamos altamente motivados para nos dedicarmos, nos próximos 4 anos a recuperar Oliveira do Hospital, a transformar Oliveira do Hospital, e a modernizar Oliveira do Hospital. .
Queremos também uma grande avenida que ligue a Estrada Nacional 17 à cidade, queremos reforçar a rede de ciclovias, queremos uma circular a Oliveira do Hospital faseada, a primeira fase já está preparada, temos um ante-projeto para o pavilhão multiusos, temos um ante-projeto para as novas piscinas municipais, portanto estamos cheios de vontade para completar os projetos que temos em curso. É do conhecimento público, estamos com um projeto de mais de 4 milhões de euros a investir na reabilitação do centro histórico de Oliveira do Hospital, há décadas que se falava na reabilitação do centro histórico de Oliveira do Hospital, e fomos buscar um dos melhores urbanistas deste país, que recuperou o centro histórico de Évora, o professor Jorge Carvalho, para nos ajudar neste projeto e neste processo que é um processo que é feito de coragem, porque é mexer onde nunca ninguém mexeu,, mas também não posso esquecer que este centro histórico de Oliveira do Hospital será acompanhado de um novo campo educativo de oliveira do hospital, 5 milhões de investimento num novo campo educativo, para criar melhores condições para o ensino, para a aprendizagem, e para o desenvolvimento de competências das nossas crianças e para o desenvolvimento das competências dos nossos professores e educadores. O que demonstra que vamos continuar a apostar na educação e na formação ao longo da vida para termos um concelho altamente preparado para fazer face aos desafios do futuro.
Que comentário lhe merece a candidatura do CHEGA em Oliveira do Hospital?
Eu penso que o CHEGA cumpre a estratégia nacional do partido, que é, ir às autárquicas e marcar posição.
Qual a primeira medida que gostaria de tomar, se for eleito presidente da Câmara nas próximas eleições?
A primeira medida que queria tomar era lançar a primeira pedra do investimento no pólo industrial da Cordinha para criar emprego e para demonstrar que Oliveira do Hospital é uma terra de oportunidades para os empresários de cá e para aqueles que cá querem investir.
E termino com uma pergunta, depois desta motivação e determinação, alguém quer voltar ao período anterior a novembro de 2009?