Dezenas de árvores caídas, vários deslizamentos de terras e arrastamento de ramos e detritos do último incêndio nos rios, foram o resultado da “Tempestade Ana” no concelho de Oliveira do Hospital.
A previsão da passagem da tempestade Ana pelo país, no dia 10 de dezembro, já tinha colocado vários distritos sob alerta vermelho, incluindo o concelho de Oliveira do Hospital.
Ao início da noite confirmaram-se os ventos e chuvas fortes, que provocaram a queda de cerca de 20 árvores e vários deslizamentos de terras, que obrigaram ao corte de várias estradas. “Houve várias dezenas de deslizamentos com maior influência na zona do Vale do Alva”, confirmou na manhã de segunda-feira (dia 11) o comandante operacional da Proteção Civil Municipal, José Carlos Marques.
Durante a noite, o mau tempo cortou o trânsito nas ligações entre a Catraia de S. Paio e Ponte de S. Gião, acessos a Chão Sobral e Gramaça, ligação entre Penalva de Alva e Ponte das Três Entradas, registando-se ainda outros casos pontuais um pouco por todo o concelho, devido a queda de árvores para a via pública. José Carlos Marques estima que cerca de 20 árvores tenham caído durante a noite e madrugada, mas sem registo de danos em habitações ou viaturas. Segundo o responsável também não houve registo de pessoas feridas. “Durante a noite não houve habitações em risco”, referiu, admitindo que no pós temporal, algumas casas poderem correr algum perigo, sobretudo as que estão localizadas em zona de encosta, que são já consideradas “zonas de algum risco”.
Fruto da chuva intensa, uma casa não habitada em Penalva de Alva foi afetada pelo “extravasamento de um ribeiro”, que também arrastou detritos. Outro dos efeitos do mau tempo foi o arrastamento de troncos de árvores e outros detritos pelo leito do rio, nomeadamente do Alva, provocando alguns estragos nas zonas de veraneio, em particular na Ilha do Picoto, em Avô. “É normal com a força das chuvas que os sedimentos venham em direção aos cursos de água. Esperamos que a chuva abrande e não venha piorar esta situação”, referiu na ocasião o responsável pela Proteção Civil.
José Carlos Marques adiantou que, durante a noite e madrugada, a reposição da normalidade no concelho só foi possível graças a “todos os meios”, nomeadamente as duas corporações de bombeiros, e elementos da proteção civil apoiados por duas retroescavadoras e duas motos niveladoras e GNR.
foto: Ana Lencastre