Um incêndio, provocado por um recuperador de calor, deixou um homem de 60 anos desalojado em Gavinhos de Cima, no concelho de Oliveira do Hospital. O único morador da habitação foi acolhido em casa de familiares.
O alerta foi dado aos bombeiros de Oliveira do Hospital perto das 20h00 do passado dia 14 de janeiro. Cerca das 20h30, o incêndio foi dado como extinto pelo Bombeiros de Oliveira do Hospital que acorreram ao local, procedendo depois a trabalhos de rescaldo.
Segundo apurámos, o incêndio teve início na zona do sótão e telhado da habitação, ao que tudo indica, provocado pela chaminé do recuperador de calor, localizado na sala da habitação. A estrutura de madeira que suportava o telhado facilitou a propagação do fogo que, rapidamente, atingiu as restantes divisões do piso superior da habitação, causando maiores danos na sala e cozinha.
Agostinho Neto da Silva, com 60 anos, era o único morador da casa e foi “um barulho” que o alertou para o sucedido. “Quando vim à porta, vi muito fumo que saía do sótão”, contou o proprietário da casa, referindo que “os fios da eletricidade é que tornaram mais rápida a propagação para as outras partes da casa”.
Logo que se apercebeu do fogo, Agostinho Silva saiu da habitação e pediu auxílio através do 112. O homem não ficou ferido pelo incêndio, mas foi ainda transportado ao serviço de urgência queixando-se de dores nas costas, provocadas pelo momento de aflição por que passou. Na manhã seguinte, o proprietário da habitação queixava-se da demora na resposta pelo 112, verificando porém a prontidão dos bombeiros que “vieram em 15 minutos”. “Se não fosse terem chamado os bombeiros, tinha ardido ainda mais”, referiu.
O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, responsável máximo da proteção civil no concelho, esteve no local e acautelou o realojamento do homem, que foi acolhido por um irmão com residência em Gavinhos de Cima.
A proceder, na manhã seguinte, ao levantamento dos estragos na habitação, o comandante operacional da proteção civil, José Carlos Marques constatou a casa ficou “muito danificada”, sendo necessária uma intervenção no telhado e ao nível da placa. O responsável alertou para os perigos associados à utilização dos equipamentos de aquecimento, notando que ano após ano estas são situações que acontecem. “Apela-se à manutenção regular dos recuperadores e salamandras. Agora há um uso intensivo devido ao frio. Apela-se a cuidados redobrados para acautelar que estes problemas não voltem a acontecer”, referiu.
O incêndio não afetou habitações contíguas, mas gerou momentos de grande aflição entre os restantes moradores que ainda têm na memória o trágico incêndio que, no dia 15 de outubro, devastou o concelho oliveirense.