Requalificação Zona Histórica avança num investimento de 4,5 milhões de euros . Projeto foi apresentado em sessão pública na Câmara Municipal. Comerciantes e autarca da União de Freguesias apelam à criação de novas zonas de estacionamento no decorrer e depois das obras.
A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital deu a conhecer, numa sessão pública que reuniu moradores, comerciantes e todos os interessados na revitalização da zona antiga da cidade, o projeto de requalificação desta área urbana de Oliveira do Hospital.
Numa sessão marcada por elogios aos projetos por parte do público presente, com destaque para o ex vereador da Câmara Municipal, José Ricardo, que considerou este um projeto muito “bem pensado”, mas também de alguns alertas por parte sobretudo de comerciantes que estão preocupados com a questão do estacionamento antes e depois das obras, o presidente do Município, José Carlos Alexandrino, não escondeu que estas empreitadas trazem sempre “problemas”.
“A adjudicação dos primeiros dois lotes já foi feita de modo a minorarmos os prejuízos, mas sabemos que quando há obras, há incómodos. O que vamos fazer é tentar minorar os prejuízos”, garantiu o autarca, admitindo que “esta obra tem de ser muito bem articulada para correr bem”.
Com um prazo de execução de 12 meses, as obras de requalificação do centro histórico representam um investimento de 4,5 milhões e prevêm um conjunto de intervenções que têm como objetivo dar uma nova vida e atratividade a uma zona “fantasma” da cidade. “Sempre se falou nas obras da Zona Histórica mas é preciso vontade e arranjar dinheiro. E nós conseguimos arranjar parte do dinheiro”, afirmou o presidente da câmara, que escolheu um conceituado arquiteto (Jorge Carvalho) e especialista em requalificação urbanística, para liderar este projeto.
Do conjunto de intervenções previstas, destaca-se a criação de uma nova praceta junto à Câmara Municipal, onde é privilegiada a mobilidade urbana, havendo ainda uma forte aposta em materiais como o granito que apelam à identidade e às raízes desta zona antiga da cidade.
Outra preocupação do projetista foi a criação de novos espaços verdes e zonas de lazer, com a plantação de dezenas de árvores. Um dia histórico para o berço da cidade oliveirense e para o seu presidente da União de Freguesias, Nuno Oliveira, que sempre lutou e reivindicou por estas obras. “Cada vez mais, as zonas históricas devidamente potencializadas tornam-se num ponto de atração e de revitalização das cidades”, fez notar o autarca, elogiando o executivo pela “coragem” e por “não ter medo” de avançar com um projeto que tem tanto de “difícil” como de “sensível”.
“Vai ter que haver muita paciência por parte de todos nós”, considerou, apelando a quem está a liderar a obra para colocar a “funcionalidade” acima da “estética”, referindo-se concretamente à questão do estacionamento, que se não for criado pode trazer ainda mais problemas a comerciantes e moradores.
“Temos de levar a sério as sugestões da comissão e não ouvirmos as pessoas só no pós obra” advertiu ainda o autarca, para quem a comissão que foi constituída para acompanhamento dos trabalhos é importante, até para se evitarem erros que depois custam mais a corrigir.