Objetivo é travar a regeneração natural desta espécie.
O único vereador do PSD na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, João Paulo Albuquerque propôs, na última reunião pública do executivo, a criação de equipas, em articulação com o IEFP, para limpeza e arranque dos eucaliptos que estão a crescer de forma descontrolada um pouco por todo o concelho.
O vereador social democrata sugeriu mesmo que sejam os “desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção” a fazer esse trabalho, de erradicação dos eucaliptos, em locais estratégicos como as faixas de 10 metros das vias, entendendo o autarca que o concelho não deve ser transformado num “eucaliptal”. “É uma forma das pessoas fazerem alguma coisa pelo concelho” fez notar, considerando que “o Estado tem que interferir, quer queira, quer não” para travar este problema da eucaliptização que está a tomar proporções nunca antes vistas na região.
Lembrando que foi o primeiro presidente de Câmara no país a “colocar este tema na agenda” e a alertar para a forma descontrolada como está a acontecer a regeneração natural do eucalipto, depois do grande incêndio de 2017, José Carlos Alexandrino mostrou-se “absolutamente de acordo” com a proposta do vereador da oposição, tendo em conta que “há gente do rendimento mínimo que se tem tornado em profissionais da formação”, quando podem muito bem ser integrados “no mercado de trabalho” e “fazerem esse trabalho”. Preocupado, desde a primeira hora, com a proliferação do eucalipto no concelho, o autarca afirmou-se disponível para apresentar a proposta ao IEFP, até porque “é dinheiro público” que está em causa e o Município está neste momento já a trabalhar na erradicação desta espécie, através marcação dos eucaliptos, numa faixa de 10 metros.
Os proprietários estão a ser notificados para o abate, caso contrário, é a Câmara quem fica responsável pelo corte das árvores, sendo que a madeira será depois vendida em leilão. Com vista a travar o fenómeno da eucaliptização e de devolver ao concelho a paisagem que ele tinha antes do incêndio de outubro de 2017, o Município prevê ainda um investimento de um milhão de euros que se vai traduzir, numa primeira fase, na aquisição de espécies autóctones a distribuir pelos proprietários interessados, mas também com a criação de equipas próprias de sapadores florestais.