Os vereadores eleitos pela Coligação PSD/CDS-PP vieram a público, no final da última reunião do executivo camarário, criticar o “impacto” das novas instalações do LIDL que se prepara para se instalar no miolo da cidade de Oliveira do Hospital, no edifício da antiga IRAL.
Numa nota enviada à comunicação social, os vereadores da oposição no executivo consideram “inquestionável” o impacto que este supermercado vai ter junto do pequeno comércio tradicional que, na sua opinião, vai ser aquele que mais vai sofrer com a vinda daquela superfície comercial para o centro da cidade, correndo-se o risco de “encerramento de maior número de pequenos, mas úteis, estabelecimentos comerciais”.
Os autarcas da Coligação advertiram, além disso, para a questão legal que envolve a realização de obras de reformatação da rotunda Armindo Lousada, também conhecida por rotunda do “empresário”, que “serão realizadas pela entidade privada no âmbito das obras de infraestruturas da operação urbanística, quando se trata de uma obra em espaços do domínio público, que deveria, no seu entender, ser realizada pela própria Câmara Municipal, ainda que com financiamento privado no âmbito das contrapartidas atribuíveis ao promotor do empreendimento”.
Na mesma nota informativa, os vereadores do PSD/CDS fizeram ainda notar que o executivo liderado por José Francisco Rolo, devia salvaguardar “que as obras inerentes à reformatação da rotunda sejam realizadas previamente às obras relativas à própria operação urbanística e sempre de modo a prejudicar o menos possível a circulação rodoviária e pedonal nesta área” que se prepara para sofrer maior pressão de trânsito com a abertura de um novo supermercado. No decorrer dos trabalhos, denunciaram ainda “os propósitos” contidos na proposta de revisão do Orçamento e às Grandes Opções do Plano, pelo facto da mesma “vir mais uma vez tornar evidente o elevado empolamento que inspira a proposta de Orçamento de GOP, em que são inscritas receitas que se sabe nunca virem a ser concretizadas e que servem, unicamente, para dar cobertura a um vasto conjunto de propostas de despesas, de elevado cariz eleitoralista e cuja expectativa de concretização é sempre desmentida pela realidade”.
A fundamentar esta posição, o vereador Francisco Rodrigues referiu como exemplo “a previsão de transferências para as freguesias que, em termos de transferências de capital, baixam de 450.000 € para apenas 270.000 € e, em termos de transferências correntes, baixam de 500.000 € para 415.000 €” , mas também “a redução da verba prevista para o PACKL – Programa de Apoio ao Comércio Local para apenas 80.000 € quando, no seu anúncio à comunicação social, o mesmo foi apresentado com uma injeção financeira de 250.000 €”.
Por último, o líder da oposição no executivo criticou a “redução global das Grandes Opções do Plano para metade do valor inicial e a redução do valor global do Orçamento de 34 milhões de euros para apenas 23 milhões de euros, ou seja, para menos 32,24% do que o orçamentado inicialmente”.